Muito tem se falado, nos últimos dias, do desvio de quase R$ 1 milhão de um fundo de formatura de estudantes do curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP). A presidente da comissão de formatura movimentou sozinha o dinheiro que mais de cem alunos guardaram para realização da festa de conclusão de curso. Para evitar esse tipo de problema, os bancos oferecem a conta conjunta não solidária.
O consultor financeiro, Ronaldo Roggini, explica que essa modalidade evita fraudes já que para movimentar o dinheiro já que ela não permite que um titular tenha liberdade para fazer movimentações financeiras de forma independente na conta. Ou seja, para isso, é preciso a autorização de todos os titulares para realizar qualquer transação.
“O que chama atenção foi a facilidade que uma única pessoa teve para sacar tanto dinheiro. A formalização da comissão de formatura com CNPJ, representantes, registros, seriam que são interessantes. Mas, como alguns acham isso burocrático, a simples abertura de contas conjuntas teria evitado o problema. No caso das comissões de formatura é recomendável que as contas sejam conjuntas não solidárias com pelo menos três representantes. Essas contas só podem ser movimentadas com a assinatura de todos os titulares em conjunto.”
Relembre o caso
A estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP), Alicia Muller, de 25 anos, confessou à polícia nesta quinta-feira (19) que desviou cerca de R$927 mil arrecadados pelos alunos para a formatura da turma, após quase quatro horas de depoimento.
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Alicia afirmou à Polícia Civil que usou o dinheiro com aluguéis de apartamento e de um carro. Ela admitiu que tirou o valor da empresa contratada porque acreditava que ele não estava sendo bem administrado, mas acabou fazendo “péssimas aplicações” e perdeu a quantia.