Nesta terça-feira (3), a cantora e compositora de forró
Uma fibrose é a cicatrização de um tecido do corpo por alguma causa, que pode ser uma lesão, cirurgia ou uma doença. Este processo de cicatrização forma o tecido fibroso, que da nome à doença.
Além da fibrose cística e pulmonar, existem outros tipos da doença, como a fibrose do fígado, conhecida como cirrose. Os queloides na pele também são um tipo de fibrose, assim como a Doença de Crohn, que atinge o intestino. Apesar de cada tipo ser diferente, todas as fibroses tem em comum o tecido cicatricial.
Fibrose cística
A fibrose cística é uma doença rara, que atinge cerca de 70 mil pessoas no mundo, além de ser genética, hereditária e não ter cura conhecida pela medicina. Ela é conhecida, também, como Mucoviscidose ou Doença do Beijo Salgado.
Causas
A cirrose cística acontece quando a proteína CFTR sofre uma disfunção, o que faz com que toda a secreção do corpo se torne 30 a 60 vezes mais espessa que o normal, dificultando sua eliminação. Isso acaba causando alterações no sistema respiratório, digestório e reprodutor da pessoa, já que este muco leva ao acúmulo de bactérias e germes.
Sintomas
Além de afetar as vias respiratórias, podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e bronquite, a fibrose cística pode bloquear, também, o sistema digestivo e o pâncreas. Desta forma, o corpo acaba não absorvendo alguns nutrientes essenciais.
Os sintomas da fibrose cística e a gravidade da doença podem depender para cada pessoa, e os principais sintomas manifestados, além das secreções espessas, são tosses secas e crônicas, fezes volumosas e gorodurosas e até mesmo atraso no desenvolvimento da criança. Problemas respiratórios recorrentes também são comuns.
Tratamento e diagnóstico
No Brasil, segundo estimativas do Ministério da Saúde, uma em cada 25 pessoas carregam o gene da doença, o que não significa, entretanto, que a doença se manifeste nelas. A doença pode ser identificada no teste de pezinho e não tem cura. O tratamento, entretanto, permite que o paciente tenha uma vida normal. Ele consiste em fisioterapia respiratória, uso de antibióticos, suplementação de enzimas pancreáticas e dieta rica em proteínas e vitaminas.
Fibrose pulmonar idiopática
A fibrose pulmonar idiopática é uma doença crônica e sem causa específica conhecida. Apesar disso, envelhecimento, tabagismo e predisposições genéticas podem alterar os fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Ela atinge, especificamente, os pulmões.
Causas
A fibrose pulmonar advém de lesões e cicatrizes no pulmão do paciente, mais especificamente em uma região chamada parênquima pulmonar. A fibrose leva ao endurecimento dos tecidos pulmonares que pode comprometer como um todo a função do órgão.
As causas podem estar associadas com diversos fatores, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Entre eles está a exposição à poluentes, mofo e penas, além de refluxo gastresofágico, tabagismo e condições genéticas.
Sintomas
Os sintomas mais comuns da fibrose pulmonar são falta de ar, cansaço e tosse seca persistente. O paciente acometido pela doença tem a capacidade respiratória reduzida, já que o pulmão não consegue mais se expandir e retrair da forma normal durante a inspiração e expiração. Falta de apetite também é comumente associada à doença.
Tratamento e diagnóstico
A doença pode ser diagnosticada a partir de uma tomografia do tórax e não tem cura. O tratamento, entretanto, pode ajudar o paciente à retomar a qualidade de vida, suprimentos de oxigênio e medicamentos específicos, chamados de antifibróticos, que possuem custo alto.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, cerca de 13 a 18 mil brasileiros sofrem com a fibrose pulmonar, que pode atingir de 14 a 43 em cada 100 mil pessoas.