Movido pelo “espírito natalino”, o juiz Denis Bonfim, do município de Posse, interior de Goiás, foi completamente “rendido” por uma carta escrita pelas filhas pequenas de um preso.
Com a grafia típica das crianças, com letrinhas irregulares, elas pediram a libertação do pai para que ele pudesse passar o Natal em casa. “Estamos com saudade do papai. Nossa família está triste. Eu já pedi para o Papai Noel e agora peço pro senhor esse presente de Natal”, escreveram.
O preso, em questão, é um comerciante de 34 anos, acusado de tentativa de homicídio. A vítima, atingida por dois tiros pelas costas, contou que o atirador pediu que ela lhe pagasse uma dívida: “Paga meu dinheiro”, antes de disparar. Como ela só devia para o comerciante, ele acabou preso e acusado pelo crime. Pesou contra o suspeito o fato de que não estava em casa no horário do crime. A defesa do acusado alega que ele estava vacinando gado.
Por esse motivo, Bonfim entendeu que “não há elementos precisos que demonstrem indícios suficientes de autoria ou de participação do acusado” no crime. Moradores da cidade chegaram a fazer um abaixo-assinado em defesa do acusado. O Ministério Público comprometeu-se a se pronunciar sobre o caso, após o recesso.
O magistrado publicou uma das cartas das filhas do comerciante nas redes sociais e escreveu uma mensagem bem-humorada: