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Covid-19: governo eleito planeja grande campanha de vacinação em 2023

Vice-presidente eleito Geraldo Alckmin destacou as vacinas bivalentes contra a Covid-19, que protegem contra a variante ômicron original e a BA1

O uso das vacinas bivalentes, como dose de reforço, foi autorizado pela Anvisa em 22 de novembro

As vacinas bivalentes contra a Covid-19, que protegem contra a variante ômicron original e a BA1, estão nos planos do governo eleito para uma grande campanha de vacinação a partir de 2023.

Segundo o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, a ideia é reforçar a importância da imunização, em uma ação interdisciplinar.

Ainda neste ano, há expectativa de que parte da população comece a receber as novas doses. O país recebeu, desde a semana passada, 4,4 milhões de vacinas bivalentes da Pfizer, que ainda serão distribuídas pelo Ministério da Saúde.

“As vacinas bivalentes possuem duas sequências de mRNA em cada. As sequências de mRNA são como as ‘receitas de bolo’, sendo uma a codificação para a proteína spike do vírus original - ou seja, a ‘receita’ do vírus original - e a outra com a ‘receita’ da ômicron BA.1 ou BA.4/BA.5”, detalha a Diretora Médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.

De acordo com Adriana, a diferença desses imunizantes para os de primeira geração é que, além do vírus original, eles também conseguem atacar de forma mais efetiva as mutações da variante ômicron.

“As vacinas bivalentes adaptadas à ômicron são uma combinação do atual imunizante de Covid-19 da Pfizer/BioNTech com a vacina adaptada à ômicron”, explica.

Dose de reforço

O uso das vacinas bivalentes, como dose de reforço, foi autorizado pela Anvisa em 22 de novembro.

Segundo Adriana, elas poderão ser aplicadas, a princípio, em maiores de 12 anos:

“Aqui no Brasil, as vacinas bivalentes estarão disponíveis para uso emergencial, como dose de reforço para a população a partir de 12 anos de idade”, explica Ribeiro. Segundo a médica, essa aplicação poderá ocorrer três meses depois das primeiras doses ou do último reforço contra a Covid-19.

Ainda nesta semana, a expectativa é de que mais quatro milhões e meio de doses cheguem ao país. Atualmente, as vacinas bivalentes são aprovadas em mais de 30 países e usadas principalmente no reforço da imunidade de grupos de maior risco, como idosos, pessoas com doenças graves e gestantes.

Ana Luiza Bongiovani é jornalista e também graduada em direito. É repórter da Itatiaia.