Uma DJ de 42 anos morreu durante a realização da 21ª Parada da Diversidade LGBTI de Curitiba após cair de um trio elétrico, no Centro Cívico na tarde da última terça-feira (15). A queda de Laurize Oliveira aconteceu quando o veículo passava na Rua Lysimaco Ferreira da Costa, na esquina com a Avenida Cândido de Abreu, por volta das 16h30. O evento, que havia começado duas horas antes, reunia milhares de pessoas e foi encerrado após o acidente.
Laurize chegou a ser socorrida por uma equipe de emergência contratada pela Associação Paranaense da Parada da Diversidade (Appad) e pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), mas morreu a caminho do hospital. A liberação do corpo pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba estava previsto para a tarde desta quarta-feira, 16. O velório vai ocorrer em Goiânia, onde a DJ morava, informou a empresa que administrava a carreira dela.
Uma testemunha contou ao Estadão que estava atrás do trio elétrico no momento da queda. Segundo ela, a artista caiu de cabeça no chão após ser puxada por fios. “O trio estava passando e os fios enroscaram na estrutura em que ela estava. Quando enroscou, puxou ela pra trás e caiu com estrutura, com tudo”, disse.
Conforme a testemunha, a queda da estrutura também derrubou um homem, que ficou ferido no rosto. “A preocupação maior mesmo era com a menina. Ficaram tentando reanimá-la, pelo que vi os ferimentos foram na cabeça. Foi bem tenso”, afirmou.
Em nota, a associação organizadora informou que a Parada da Diversidade está “regulamentada mediante alvará de licenciamento emitido pela Prefeitura Municipal de Curitiba e que, em mais de duas décadas, este foi o único incidente da manifestação”. A prefeitura confirmou que havia liberação para o evento.
“Lamentamos profundamente o incidente e prestamos nossa solidariedade aos familiares e amigos. (...) A Appad está colaborando com todas as informações às autoridades competentes e nos colocamos à disposição para prestar assistência necessária de modo a esclarecer este ocorrido”, informou o comunicado.
Ainda segundo a organização, que deve conceder entrevista coletiva sobre o acidente, havia outros trios elétricos no evento. De acordo com a Polícia Civil, até o início da tarde desta quarta, o caso não havia sido comunicado oficialmente para que fosse investigado.
“Não dá pra entender esse fim trágico”
Nas redes sociais, o DJ Diogo Goyaz, que se apresentava com a artista no mesmo trio elétrico, escreveu um texto em homenagem à amiga. Momentos antes da queda, ele havia publicado um vídeo com a vítima no caminhão.
“Eu sinto agora que nasci de novo, mas por que você se foi? Você estava linda, irradiante, exalando alegria, a gente se divertindo tanto. Não dá pra entender esse fim trágico”, afirmou.