O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante por estupro de vulnerável no Rio de Janeiro, aplicou sete vezes um medicamento que seria sedativo a uma paciente antes de cometer o crime. É o que aponta o inquérito concluído nesta terça-feira (19) pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti (RJ).
O documento aponta ainda que o homem começou o crime menos de um minuto depois que o marido da vítima deixou a sala. De acordo com laudo obtido pelo Portal G1, ele usou cetamina e propofol, e o estupro durou mais de nove minutos.
Dezenove pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil, que investiga ainda mais de 40 outros casos suspeitos de estupro pelo profissional. A gravação feita pela equipe médica e usada nos trabalho da PC foi tida como legítima, sem cortes ou edição.
Giovanni Bezerra será indiciado por estupro de vulnerável. O Ministério Público carioca denunciou o homem à Justiça, e ele se tornou réu. O órgão ainda pediu indenização à vítima com valor maior que dez salários mínimos.
O anestesista foi preso no dia 11 de julho, após denúncia feita pela equipe médica, que desconfiava do comportamento dele. Na terça-feira (12), uma audiência de custódia converteu a prisão dele para preventiva. Materiais como o celular dele, medicamentos e uma gaze que teria sido usada por ele foram recolhidos, e vão passar por perícia.