O Paraná avança na colheita da
A colheita da primeira safra já foi finalizada e rendeu pouco mais de 3 milhões de toneladas. Os números fazem parte da
Segundo o analista da cultura no departamento, Edmar Gervásio, os resultados analisados superaram as expectativas. “De certa forma, foi uma surpresa porque tínhamos indicativo de que poderia vir menor devido aos efeitos da geada no final de junho, mas os números trouxeram outra realidade, tivemos aumento no número de produção”, explicou.
Segundo ele, isso se deve ao pequeno ajuste de área e ao aumento da produção das áreas colhidas que não foram afetadas pelo clima. “Compensaram em muito as perdas que ocorreram em outras regiões pelas ondas de calor e estiagem em fevereiro e as posteriores
O analista estima que a colheita restante, cerca de 30% da área total, deva ter uma produtividade menor, porém sem afetar o resultado geral positivo. “Já é possível afirmar, com certo grau de segurança, que esta é a maior safra da história, tanto em volume quanto em área cultivada, mesmo com a perspectiva de que as lavouras remanescentes na região Norte apresentem produtividade abaixo do previsto”, afirmou. A safra brasileira de milho também tende a ser recorde, com 132 milhões de toneladas estimadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Trigo, feijão e café
A Previsão Subjetiva de Safra de julho aponta uma área semeada de 833 mil hectares de trigo, com uma produção esperada de 2,61 milhões de toneladas. Esse volume representa um pequeno reajuste em relação aos 2,68 milhões previstos em junho. “As geadas ocasionaram esse impacto ainda relativamente limitado em razão da dificuldade de medir os efeitos na lavoura”, afirmou Godinho.
Já a safra de feijão paranaense está encerrada desde meados de julho, com 862 mil toneladas. Ainda segundo Godinho, a colheita do café evolui bem, com mais de 80% da área de 25,4 mil hectares já liberados. “Os dias secos ajudaram tanto a colher mais rápido quanto a secar o café nos terreiros. A produtividade está muito próxima do limite superior que imaginávamos”, salientou. Atualmente são retirados 1.752 quilos por hectare.
Outras culturas de inverno
A cevada não foi impactada pela geada, ao contrário, houve uma revisão de área, que se estende agora por 98,9 mil hectares, o que pode elevar a produção para 431,7 mil toneladas.
Já as aveias tiveram prejuízo por causa das geadas, mas pela característica da cultura no Paraná, onde normalmente se colhe apenas uma parcela do que está plantado, o impacto deve ser mínimo. A estimativa é de colher pouco mais de 245 mil toneladas tanto em aveia preta quanto branca.
A segunda safra 2024/2025 de batata está estimada em 315,6 mil toneladas. Até agora foram retirados os produtos de 90% da área de 10,6 mil hectares, com previsão de término para os próximos dias. O tomate de 1.ª safra está praticamente todo colhido, com 174,2 mil toneladas estimadas. Para o de 2.ª safra restam plantar 2% da área de 1,7 mil hectares. A colheita chegou a 88%, com previsão de render 92,6 mil toneladas.
A safra 2025/2026 de cebola está estimada em 108 mil toneladas, representando 16,3% abaixo do ciclo anterior, quando se colheu 126,1 mil toneladas. Até o início desta semana estavam plantados 85,3% dos 2,8 mil hectares previstos. As lavouras estão com 91% em condições boas e o restante, medianas.
Pecuária
Na suinocultura, os dados do boletim mostram aumento nos preços pagos ao produtor e pequena margem sobre os custos, ainda que inferior à do segundo semestre do ano anterior.
A avicultura de postura teve desempenho destacado, com preços em alta e melhoria no poder de compra frente ao milho e o farelo de soja. O setor de ovos apresentou crescimento expressivo nas exportações brasileiras. Entre janeiro e junho foram 33.464 toneladas, contra 22.925 toneladas no mesmo período de 2024.
Na exportação de carne de frango houve queda nacional devido aos embargos pela gripe aviária no Rio Grande do Sul, mas o Paraná mantém a liderança no setor, com 1,083 milhão de toneladas no primeiro semestre. Em exportação de couro bovino houve retração no Estado. Foram 54,2 mil toneladas contra 58,8 mil no primeiro semestre de 2024.