O coordenador técnico Estadual de Bovinocultura da Emater-MG, Manoel Lúcio Pontes Morais, alerta para cuidados especiais com a alimentação do gado nesse período seco, quando a oferta e a qualidade das pastagens caem bastante.
Segundo Manoel, com o início do período chuvoso, as pastagens tendem, naturalmente, a melhorar. Mas se ‘São Pedro’ não colaborar, o atraso das chuvas e as altas temperaturas podem interferir na formação do novo pasto, tornando essa fase crítica.
Por isso, é fundamental adotar alguns cuidados:
Previna-se com uma quantidade maior de alimentos. O recomendado é ter, no mínimo 30% a mais;
- O uso do sal proteinado é um instrumento de manejo muito importante para o produtor, pois permite que os animais comam e consigam digerir bem a macega (ervas daninhas) que existe na pastagem, passando melhor o período da seca.
- Os animais também devem ter acesso a água limpa através de bebedouros durante todo o ano. Ele explica que, durante a seca, a água não só ajuda na hidratação do rebanho como também é fundamental para ajudar na digestão do capim e não prejudicar os processos metabólicos”, explica Manoel.
- Intensificar o monitoramento do rebanho para identificar com antecedência sinais de doenças, problemas de manejo e outras situações que podem afetar o desempenho animal.
Focos de incêndio são outra preocupação
Além da seca, a multiplicação dos focos de incêndio é outra preocupação para o produtor por representar uma séria ameaça para os animais. Manoel Lúcio diz que a prevenção é a melhor conduta nesse contexto. “O produtor deve fazer aceiros - desbastes na vegetação - na beira das estradas e divisas de propriedade. E se tem um local que costuma pegar fogo todo ano, o melhor é não deixar os animais lá, porque caso aconteça um incêndio, o rebanho pode sofrer danos físicos para arrebentar a cerca ou até mesmo morrer cercado pelo fogo”, alerta.
Aceiros devem ser limpos, anualmente; veja outras providências:
- Os aceiros devem ter, no mínimo, cinco metros de largura e ser limpos anualmente no início do período da seca.
- Esteja sempre atento a sinais de fumaça no entorno para retirar os animais com antecedência;
- Num caso de um risco iminente, o pecuarista deve transferir o rebanho para piquetes mais distantes;
- Limpar as beiras de estradas, catando pedaços de vidro ou qualquer outro material que possa gerar combustão
(*) Com informações da Emater-MG
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