Ouvindo...

Delegacias de Crimes Rurais e Desvio de Carga terão sede única

Secretário de governo Igor Eto fará hoje (1º) uma visita técnica à obra

Prédio em reforma, na Gameleira, será a nova sede das Delegacias de Crimes Rurais e de Desvio de Carga

A Delegacia Especializada na Investigação e Repressão a Crimes Rurais (DEICRA) e a Delegacia Especializada em Desvio de Carga (DEIFRDC) vão ganhar uma nova sede. O prédio, que fica na Avenida Teresa Cristina, na Gameleira, está praticamente pronto e será visitado, hoje (1), às 16h, pelo secretário de governo, Igor Eto, autoridades do Estado e da Polícia Civil.

O Delegado José Luiz Quintão – titular da DEICRA – explica que, embora, passem a funcionar no mesmo prédio, as duas unidades vinculadas ao Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DEPATRI), continuarão a ser autônomas e independentes, como em seus atuais endereços: a de Crimes Rurais, funciona em outra sede na própria Gameleira, e a de Desvio de Carga, no bairro Camargos.

Animado com os trabalhos, ele explica que a interiorização do crime é um fenômeno relativamente recente, ainda mais motivado pela valorização da arroba do boi e dos altos preços dos insumos e do maquinário agrícola. “De 2020 para 2021, desarticulamos algumas organizações criminosas especializadas em invasões a fazendas, reduzindo, de forma considerável, o número de ocorrências”. De fato, de acordo com estatística da Polícia Civil, nos primeiros quatro meses de 2022, houve queda de 17,81% nos furtos de bovinos, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em novembro do ano passado, foram inauguradas outras quatro delegacias especializadas no combate a crimes rurais em Minas Gerais: em Araxá, Uberaba, Uberlândia e Frutal. E em abril, foi inaugurada a unidade de São Sebastião do Paraíso. Mas Quintão explica que todas as delegacias estão aptas a atender ocorrências de crimes rurais. A diferença é que as “especializadas” mantém um foco de “prioridade absoluta” nesse tipo de ocorrência e os policiais têm aptidões específicas para atuarem nesses tipos de crime.

A resolução que culminou na criação da DEICRA é 2018, prevendo a atribuição para crimes cometidos em áreas rurais, tais como furto, roubo, receptação e extorsão, cujo valor supere 100 salários mínimos ou que pela repercussão e gravidade, seja necessária uma intervenção.

O prédio da Gameleira está sendo reformado com recursos da iniciativa privada, sob supervisão do delegado-chefe da Polícia Civil, Dr. Joaquim Francisco Neto, do delegado-geral de polícia, Dr. Márcio Simões Naback e pelo Chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio, Dr. Kleyverson Rezende. A obra foi orçada em R$ 770 mil reais.

Providências que os produtores devem tomar:

Segundo Quintão, os produtores podem e precisam adotar cuidados para evitar delitos. “Os criminosos são atraídos tanto pelo valor agregado da atividade, como é o caso da elevação da arroba do boi, como também pelas circunstâncias, pela facilidade da atuação delitiva. Uma propriedade que apresente fragilidades na sua segurança está mais propícia a ser alvo de uma subtração”, explicou.

  • Manter o monitoramento e o controle da propriedade, mediante sistemas de segurança, tais como câmeras e circuitos de filmagens, que registrem as vias de acesso e imediações;

  • · Envolvimento numa Rede de Vizinhos Protegidos, com dinamismo de mensagens e compartilhamento de informações, que ajude na vigilância;

  • · Controle dos animais, com carimbos e marcações, como brincos e outras identificações;

  • · Boa comunicação com as forças de segurança, tanto a PM, quanto a PC, fornecendo informações idôneas sobre suspeitos, ocorrências, animas ou equipamentos produtos de crime. Lembrando que as informações levadas ao conhecimento da Polícia, têm sua fonte preservada.

  • · Manter um caseiro;

  • · Ser criterioso nas negociações, pagamentos e etc;

  • · Não adquirir produto, animal ou equipamento de procedência ilícita ou duvidosa;

Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.