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Falta de vacinas em Minas: estoque de imunizantes deve ser normalizado até o fim do ano

Segundo o Ministério da Saúde, até o final do ano há uma tendência de normalização do estoque de vacinas

O estado de Minas Gerais está sem estoque de vacinas contra várias doenças, entre elas, febre amarela e varicela. De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde de Minas Gerais, Eduardo Prosdocimi, o Ministério da Saúde alega dificuldade nos processos de licitação e com a falta de produtos em laboratórios fornecedores, mas deve enviar vacinas para regularizar a situação até o final do ano.

“A justificativa comum para a falta das vacinas que o Ministério vem colocando são dificuldades no procedimento de aquisição, seja nos procedimentos licitatórios ou dificuldades internas nos laboratórios produtores. Minas tem falta de uma vacina que é importante, como por exemplo a febre amarela. Nós estamos abaixo da cobertura vacinal, de fato estamos recebendo menos do que o que pleiteamos ao Ministério, mas estamos cada vez mais firmes pedindo mais vacina. Podemos dar o exemplo também da vacina da varicela. Estamos abaixo da cobertura vacinal e pleiteando mais uma vez”, explica.

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O subsecretário esclarece que no caso da meningite não há falta de vacinas, já que a cobertura vacinal está acima dos 100%. “O Ministério trouxe uma informação da Meningite C que não confere com os dados de Minas Gerais. Nós estamos muito acima da meta de vacinação com a primeira dose e com a dose de reforço da Meningite C. Estamos acima de 100%. E segundo informações do laboratório produtor, a Fundação Ezequiel Dias, há um cumprimento do cronograma pactuado. Portanto, Minas Gerais não verifica a falta da Meningite C aqui. Os nossos dados de cobertura mostram isso”.

Segundo o Ministério da Saúde, até o final do ano há uma tendência de normalização do estoque de vacinas. Mas, enquanto a situação não é normalizada, o estado já enviou o estoque que estava disponível para os municípios. “Minas Gerais lançou mão de todo o estoque que estava disponível na Central Estadual da Rede Frio, aqui em Belo Horizonte, para os municípios. Então, temos pouquíssimo, quase zero de estoque aqui conosco, exatamente porque a gente lançou mão para que os municípios consigam fazer as estratégias locais de vacinação. Portanto, daqui até o final do ano, cada vez mais nós iremos buscar essas vacinas junto ao Ministério da Saúde, para deixá-las disponíveis à nossa população”, detalha.

Lembrando que o Calendário Nacional de Vacinação oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conta com vinte vacinas que protegem as pessoas em todos os ciclos da vida, desde o nascimento. O subsecretário reforça a importância da vacinação para que o estado e o país fiquem livres doenças graves. “As vacinas são seguras, são eficazes e é a melhor maneira de a gente deixar de falar de coqueluche, de febre amarela, de tantas outras doenças que podem ser eliminadas ou ter os danos reduzidos com o uso da vacina. População que está com alguma dúvida em relação à eficácia da vacina, procure os meios oficiais para tirar as dúvidas. As vacinas passam por um amplo e rigoroso processo de análise de qualidade”, esclarece Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde de Minas Gerais.


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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.
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