O Bloco Democracia e Luta, de oposição ao governo Romeu Zema (Novo), divulgou uma nota manifestando “estranhamento e discordância” em relação à declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), durante o programa Roda Viva da última segunda-feira (24), que sugeriu que o vice-governador Mateus Simões (PSD) não seria um “opositor figadal” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O ministro demonstra um certo desconhecimento do posicionamento político e das intenções de um adversário que age de forma nociva aos interesses do estado. A fala do ministro não reflete o empenho da militância e dos partidos que defendem o projeto Lula em Minas Gerais. O vice-governador é, sim, um opositor implacável não só contra o presidente Lula, mas, principalmente, contra o povo mineiro”, pontua o texto.
Como exemplo, o bloco pontua o uso da “legítima discussão” sobre a dívida do estado, como “escada para seu projeto eleitoral e como pretexto para vender as estatais Copasa, Cemig, Codemig e Gasmig”.
“Enquanto o governo Lula busca soluções para Minas Gerais, Simões - sempre à sombra de Zema -, usa a oposição ao governo federal como cortina de fumaça para seu projeto de poder. Recentemente, após muito atacar o presidente Lula, o vice-governador foi aconselhado pela publicidade a buscar o verniz da moderação, mas a higiene de imagem não tem o poder de apagar a marca de seu discurso de ódio”, defende a nota.
Por fim, o bloco diz ser “fundamental” que os ministros do governo federal reconheçam que a oposição, liderada por Zema e Simões, “não é apenas retórica”, mas “uma ameaça concreta ao futuro de Minas Gerais”.
