“O negócio está de cabeça pra baixo”, avaliou o deputado federal Diego Andrade (PSD-MG) ao definir a situação eleitoral de Minas Gerais para 2026. Nome forte do Partido Social Democrático no estado, o parlamentar defendeu uma atuação livre de paixões ideológicas durante entrevista nesta segunda-feira (22), no encerramento do primeiro ciclo do Projeto Eloos, da Itatiaia.
O PSD se apresenta como o fiel da balança nas costuras de bastidores para a disputa pelo Governo de Minas em 2026. De um lado, o partido já abriga em seus quadros o senador Rodrigo Pacheco, nome preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reeditar a dobradinha entre petistas e pessedistas mineiros.
Do outro, a legenda flerta com a filiação do vice-governador Mateus Simões (Novo) para um projeto de continuidade da gestão de Romeu Zema (Novo), da qual o PSD integra a base de apoio na Assembleia Legislativa (ALMG).
Questionado sobre qual caminho o partido deve seguir, Andrade preferiu não tomar um lado e incluiu o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) no debate dos possíveis candidatos.
“Eu não tenho rejeição. Nós temos um possível candidato com uma ligação com a centro direita, o outro com a ligação com a centro esquerda. Minas Gerais está engraçado. O candidato da extrema direita é um cara de esquerda, que passou a vida inteira defendendo minorias, que é o Cleitinho. […] E o candidato da esquerda, é um cara de direita (Pacheco). É empresário, executivo e, por não ter enfrentado o o STF , se tornou um candidato da esquerda. Então, o negócio está de cabeça para baixo”, avaliou Andrade.
O parlamentar é o presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados e foi um dos convidados para o evento de fechamento de ciclo do Projeto Eloos com foco em mineração. Andrade concluiu seu comentário sobre o cenário eleitoral dizendo que mesmo os setores produtivos se beneficiariam de um distensionamento do debate político no país.
“Temos de parar de discutir esquerda e direita e tentar identificar cidadão de bem que converse com todos para enfrentar problemas como esse da mineração, problemas como as nossas rodovias, os nossos hospitais e pacificar o Brasil”, comentou.
Primeiro ciclo Eloos - Mineração
Nesta segunda-feira (22), a Itatiaia realiza o evento de debates de encerramento do primeiro ciclo do Projeto Eloos. Com foco no futuro da mineração, autoridades do setor e governantes participaram de três painéis para apresentar ideias e discussões sobre uma atividade mineradora alinhada às novas tecnologias e ao conceito de sustentabilidade.
O Eloos é uma plataforma de conteúdo, relacionamento e negócios voltada para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. É uma iniciativa independente, apartidária e plural, que reúne iniciativa privada e poder público para articular lideranças, fomentar o diálogo e construir soluções concretas para o futuro do estado.