O presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, dissolveu o Parlamento nesta terça-feira (14), por meio de um decreto à Assembleia Nacional. A ação foi tomada pouco antes de uma votação promovida pela oposição para destituí-lo do cargo.
O presidente enfrentou mais de duas semanas de protestos nas ruas, liderados pela
O decreto de dissolução do Parlamento entrará em vigor “imediatamente após a publicação por transmissão de rádio e/ou televisão”. Nessa segunda-feira (13), em uma declaração, Rajoelina descartou a possibilidade de renunciar e pediu “respeito à Constituição”.
Essa foi a primeira aparição dele desde que os militares se juntaram aos protestos.
Em outro post, o presidente defendeu a dissolução do Parlamento como uma forma de “reestabelecer a ordem em nossa nação e reforçar a democracia”.
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Protestos em Madagascar
Os protestos no país se iniciaram devido a cortes de água e energia elétrica. Depois, houve denúncias contra corrupção, os políticos e falta de oportunidades.
Militares se juntaram aos manifestantes no último sábado (11) e pediram às forças de segurança para rejeitarem as ordens para atirar contra a população.
O presidente do país foi eleito em 2018 e reeleito em 2023 em uma votação boicotada pela oposição. No Madagascar, o mandato é de cinco anos.
A oposição tenta destituí-lo por suposta negligência nas funções, após relatos de que ele teria fugido do país. O presidente, porém, afirmou que estava refugiado em um “lugar seguro” após ser supostamente alvo de atentados.
*Com AFP