O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou como “excessiva” a resposta de Israel na Faixa de Gaza após os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro.
“Minha opinião é que a resposta em Gaza, na Faixa de Gaza, tem sido excessiva”, declarou o presidente à imprensa na Casa Branca, nessa quinta-feira (8).
“Há muitas pessoas inocentes passando fome, muitas pessoas inocentes que estão em dificuldades e morrendo, e isto tem que parar”, completou.
Meses de bombardeios e cerco aprofundaram a crise humanitária, especialmente no sul de Gaza.
O Exército israelense intensificou os ataques em Rafah, no sul da Faixa de Fazam nas últimas semanas. Washington alertou o aliado histórico sobre o risco de um “desastre” no local onde estão reunidos centenas de milhares de desabrigados palestinos.
Negociações
Biden assegurou que está se esforçando para que a ajuda humanitária chegue ao território palestino.
Segundo ele, o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, inicialmente não queria “permitir a entrada da assistência humanitária” em Gaza, mas conseguiu viabilizar a operação com negociações.
“O convenci a abrir as portas. Falei com ‘Bibi’ para abrir as portas do lado israelense”, disse, referindo-se ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
A guerra começou em 7 de outubro quando terroristas do Hamas mataram mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 250 pessoas em um ataque no sul de Israel. Entre os mortos, estão mais de 300 militares.
Uma trégua de uma semana, em novembro de 2023, permitiu a troca de mais de 100 reféns por prisioneiros palestinos detidos em Israel. Estima-se que cerca de 132 permanecem em cativeiro em Gaza e que 29 deles já morreram.
Com as operações de represália israelenses na Faixa de Gaza, pelo menos 27.947 palestinos morreram, sendo a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Hamas.
*Com informações da AFP
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