A Yellow, uma das maiores e mais antigas empresas de transporte rodoviário dos EUA, fechou as portas neste domingo (30). A companhia foi destruída por fusões que a deixaram sobrecarregada de dívidas e paralisada por um impasse com o sindicato Teamsters.
A empresa de 99 anos é conhecida por ter preços reduzidos e mais de 12 mil caminhões que transportam cargas em todo o país para o Walmart, o Home Depot e muitas outras empresas. O que a Yellow não conseguiu oferecer — apesar de engolir rivais, obter concessões sindicais e garantir um resgate do governo — foi serviço consistente para os clientes ou lucros para os investidores.
A empresa de Nashville, no Tennessee, enviou avisos a clientes e funcionários para informar que estava encerrando todas as operações ao meio-dia de domingo. A empresa se prepara para declarar falência e está em negociações para vender todo ou parte do negócio.
Um fracasso coloca em risco quase 30 mil empregos, incluindo cerca de 22 mil integrantes do Teamsters. Centenas de funcionários não sindicalizados foram desligados na sexta-feira (28), depois que a empresa parou de receber novas remessas de clientes.
Seria o maior colapso em termos de receita e empregos para o inconstante setor de caminhões dos EUA, embora os clientes digam que as interrupções devem ser limitadas. Muitos transferiram suas cargas para rivais nas últimas semanas, acelerando o fim da Yellow. Os concorrentes disseram que seus volumes aumentaram na semana passada.
Desde 2021, a Yellow segue um plano de corte de custos e integração que, segundo os executivos, melhoraria os negócios. Uma porta-voz da companhia disse que não pediu concessões ao sindicato em sua recente reestruturação. “A Yellow se ofereceu para pagar mais a seus funcionários”, conta. O sindicato “se recusou a negociar por nove meses”.