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Dois ativistas colam mãos em obras de Goya no museu do Prado, em Madri

Protestos semelhantes foram executados contra outras obras de arte famosas em diferentes cidades da Europa

Ativistas colam mãos em molduras de pinturas no Museu do Prado, em Madri

Dois ativistas ambientais colocaram, neste sábado (5), suas mãos nas molduras de dois quadros de Goya, no museu do Prado, em Madri. Eles denunciam a inação das autoridades diante do aquecimento global, informou a polícia espanhola.

Os manifestantes não danificaram as pinturas, mas marcaram "+1,5°C” na parede entre as duas obras, em referência à meta de aquecimento global estabelecida pela comunidade internacional. Eles foram presos e levados sob custódia.

Em um vídeo publicado online pelo coletivo Extinction Rebellion, um grupo ambientalista adepto da desobediência civil, os ativistas aparecem cada um com as mãos fixadas em uma pintura, em uma das salas do museu. De acordo com Extinction Rebellion, as duas pinturas em questão são “A Maja Nua” e “A Maja Vestida”, do pintor espanhol Francisco de Goya (1746-1828).

A ação é “um sinal de protesto” contra “o aumento da temperatura global, que vai provocar um clima instável com graves consequências em todo o planeta”, diz o coletivo em comunicado de imprensa. O protesto segue vários outros realizados por ativistas climáticos, cujo alvo foram obras de arte famosas em várias cidades da Europa.

No início deste mês, dois manifestantes do grupo “Last Generation” jogaram purê de batatas no vidro que protegia a pintura de Claude Monet “Les Meules” no Museu Barberini em Potsdam, na Alemanha.

Ativistas ambientais também se colaram no vidro que protege ‘Moça com Brinco de Pérola’ de Johannes Vermeer em um museu na Holanda e outros jogaram sopa no que protege os ‘Girassóis’ de Vincent van Gogh na National Gallery em Londres. Na sexta-feira, ativistas em Roma jogaram sopa em um Van Gogh protegido por vidro.

AFP
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