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Brasileiro bate o próprio recorde mundial e conquista ouro na Paralimpíada

Prova dos 1500 m T11 em Paris teve dobradinha brasileira no pódio com Yeltsin Jacques e Júlio César Agripino

Yeltsin Jacques e o guia Guilherme dos Anjos Santos voltaram a subir ao pódio do atletismo nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, dessa vez com a medalha de ouro. Na prova dos 1500 m T11, o brasileiro quebrou o próprio recorde mundial e finalizou a corrida em 3min55s82.

Júlio César Agripino fechou a prova com o bronze. Os dois brasileiros também estiveram presentes no pódio da categoria 5.000m T11, na última sexta-feira (30). Na ocasião, eles inverteram posições, Jacques ficou em terceiro e Agripino em primeiro.

A prova

Jacques já havia liderado a semifinal da disputa. Ele havia feito seu melhor tempo na temporada até então, saindo na frente na sua bateria com 4min03s22. Agripino terminou sua bateria também na primeira colocação - mas a corrida de 4min10s10 o deixou em quarto no geral, atrás do etíope Yitayal Silesh Yigzaw, vice-campeão na final, e do japonês Kenya Karasawa, que ficou fora do pódio.

“O Brasil tem se tornado uma potência no meio fundo e no fundo. A gente vai ser inspiração para as próximas gerações”, disse Yeltsin, em entrevista após a final.

Ele comemorou a presença do compatriota no pódio e afirmou que acreditava que poderia ter feito uma prova ainda mais forte nos 1.500m.

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Recorde mundial

Campeão dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021, Yeltsin Jacques já era dono dos recordes mundial e paralímpico - ambos estabelecidos em Tóquio. Além dele, ninguém mais conseguiu superar os 3min57s60 feitos na última edição dos Jogos, provando a dominância do brasileiro na classe.

Agora com 34 anos, Jacques nasceu com baixa visão e, após passagem pelo judô, começou a correr para auxiliar um amigo totalmente cego. A partir disso, passou a competir, primeiramente na categoria T13 e, depois dos Jogos de Tóquio, na sua categoria atual, a T11 - destinada a atletas com cegueira que não apresentam percepção luminosa e aos que, apesar de perceberem fontes luminosas, não conseguem definir o formato de objetos próximos.

Na T11, o atleta coleciona conquistas: venceu a prova dos 5.000m no Mundial de 2024, em Kobe, e angariou um ouro nos 1.500m e um bronze nos 5.000m no Mundial de 2023. Ele é também o atual campeão pan-americano dos 5.000m.

Com agência


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