Um dos organizadores da etapa da Stock Car em Belo Horizonte, o empresário Sérgio Sette Câmara comemorou a realização da primeira das cinco edições da corrida de rua na capital mineira, que se encerrou neste domingo (18).
“A vida inteira eu tive que sair daqui para assistir corrida de automóveis e dava para fazer. Muita gente viu que havia uma questão política por trás, infelizmente, uma minoria que é muito barulhenta e fez de tudo para que isso aqui não acontecesse”, afirmou. Sette Câmara destacou que o eventou gerou 4 mil empregos e injetou R$ 250 milhões na economia belo-horizontina. Comemorou, ainda, que a ocupação do setor hoteleiro foi a 75% no fim de semana.
“Belo Horizonte foi para o mundo”, completou ao anunciar que os ingressos para o evento previsto para o ano que vem começarão a ser vendidos na próxima semana.
Sette Câmara também subiu o tom contra críticos da etapa da Stock Car. Sem citar diretamente nome dos envolvidos, disparou contra a cúpula da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Esse pessoal, que pensa pequeno, um tchau para eles. Eles perderam, nós tratoramos esse pessoal. Teve uma outra turma aí que infelizmente entrou na onda, tentou entrar com 1.001 recursos e perderam todos. A cidade de Belo Horizonte não aceita mais esse tipo de gentalha, essas pessoas que são pequenas, provincianas, que não querem deixar deixar nossa cidade crescer. Esse pessoal tem que ir embora daqui, vão morar em outra cidade e encher o saco em outro canto”, afirmou.
Em entrevista à Itatiaia, Sette Câmara disse ter visto inúmeros alunos e professores da instituição no evento e que nunca houve briga com a UFMG, mas com algumas pessoas ligadas à universidade e que se opuseram à realização da prova nos últimos meses.
“Nossa briga não é, nunca foi e nunca será contra a UFMG, e sim com uma meia dúzia de três ou quatro pessoas que estão mal representando essa instituição maravilhosa que é a UFMG, que nós respeitamos muito, que tem profissionais maravilhosos também”, afirmou o empresário.
Sem citar o nome da reitora da universidade, Sette Câmara defendeu uma “mudança” no comando da instituição.
“O que eu acho que precisa acontecer ali é uma certa mudança de algumas pessoas que têm que sair de algumas cadeiras e dar lugar a outras que pensem maior, que possam fazer conosco parcerias vencedoras para que a gente possa, inclusive, estar investindo em pesquisas dentro da universidade, que tem cabeças maravilhosas”, completou.
Desde o anúncio da realização da Stock Car em Belo Horizonte, a UFMG criticou a autorização da prefeitura para o corte de árvores na região e supostos efeitos que a corrida poderia causar, tanto no acesso ao campus Pampulha da universidade, como no próprio funcionamento da instituição. A universidade também criticou impactos que a prova poderia trazer, sobretudo por conta do ruído dos carros no circuito.