Ouvindo...

Niki Lauda é homenageado por equipes de Fórmula 1; relembre a carreira do piloto

Morte de um dos maiores ícones do automobilismo completou 4 anos neste sábado (20)

Niki Lauda, ex-piloto de Fórmula 1, morreu em 2019

Tricampeão mundial de Fórmula 1, Niki Lauda morreu em 20 de maio de 2019, aos 70 anos, vítima de falência renal. Na data que marca quatro anos da morte de um dos mais importantes nomes do automobilismo mundial, o ex-piloto foi homenageado por equipes da categoria.

“Hoje, no quarto aniversário de sua morte, lembramos do talentoso Niki Lauda, cujas façanhas inspiradoras dentro e fora das pistas permanecem como um exemplo brilhante de habilidade, comprometimento e coragem”, publicou a conta oficial da Fórmula 1.

“Hoje faz quatro anos que perdemos nosso amigo Niki. Embora ele tenha partido, seu espírito ainda está no centro de tudo que fazemos”, escreveu a conta oficial da Mercedes, time de Lewis Hamilton e George Russell. “Relembrando um dos maiores, Niki Lauda”, compartilhou a Ferrari.

Tricampeão da categoria, Lauda defendeu cinco equipes de Fórmula 1 em 177 Grandes Prêmios disputados. Entre elas, March, BRM e Brabham, que já encerraram as atividades, Ferrari e McLaren, nas quais conquistou os três campeonatos.

Quem foi Niki Lauda? Relembre a trajetória do piloto

Andreas Nikolaus Lauda nasceu em 22 de fevereiro de 1949 em Viena, na Áustria. Decidido a seguir carreira no automobilismo, ele não recebeu apoio dos familiares e precisou fazer empréstimos em bancos para iniciar a carreira.

Lauda foi convidado para correr na Fórmula 1 pouco depois de comprar uma vaga na equipe March, de Fórmula 2. A corrida de estreia foi no Grande Prêmio da Áustria, realizado em Österreichring.

Após uma breve passagem pela BRM, o austríaco foi contratado pela Scuderia Ferrari para 1974. Lauda reviveu a equipe italiana, que vivia uma fase ruim, conquistando nove poles e as primeiras vitórias na categoria, na Espanha e Holanda. A temporada foi vencida pelo brasileiro Emerson Fittipaldi.

O primeiro campeonato de Lauda veio em 1975, conquistado por antecipação após cinco provas vencidas. No ano seguinte, o piloto dominava o campeonato quando sofreu um grave acidente no circuito de Nürburgring, na Alemanha. Lauda havia participado de um movimento que pedia o cancelamento da corrida, mas outros pilotos optaram pela realização do GP.

Durante a prova, o piloto perdeu o controle da Ferrari, que bateu em uma mureta, foi acertada por outro carro e pegou fogo. Lauda ficou inconsciente dentro do veículo em chamas por alguns minutos e foi retirado pelo piloto Arturo Merzario.

O austríaco sofreu queimaduras graves na cabeça, que o deixaram com o rosto quase desfigurado. Preso no carro por muito tempo, ele inalou gases tóxicos e também teve problemas nos pulmões. Lauda entrou em coma e ficou à beira da morte após o acidente, mas retornou à Fórmula 1 após 43 dias.

Além do acidente, a temporada de 1976 foi marcada por uma disputa acirrada entre Niki Lauda e o inglês James Hunt, que acabou vencendo o campeonato. A rivalidade entre os pilotos foi relembrada no filme Rush: No Limite da Emoção, com Daniel Brühl e Chris Hemsworth no papel dos atletas.

Lauda se sagrou bicampeão da Fórmula 1 em 1977, ainda pela Ferrari. O título também foi conquistado em antecipação, com apenas três vitórias. O austríaco deixou a equipe italiana no mesmo ano e passou a correr pela menos competitiva Brabham. Em 1979, abandonou as pistas durante os treinos do GP do Canadá alegando estar “cansado de correr em círculos”.

Dois anos depois, Lauda foi convencido a voltar para a categoria por uma proposta milionária de Ron Dennis, da McLaren. O piloto defendeu a equipe entre 1982 e 1985, conquistando o tricampeonato em 1984, em disputa acirrada com o companheiro de equipe Alain Prost.

Lauda deixou a carreira de piloto oficialmente em 1985. Fora das pistas, ele atuou como consultor da Ferrari e da Jaguar. Outro trabalho marcante do austríaco no paddock foi como presidente não-executivo da Mercedes, papel assumido no fim de 2012.

Lauda é citado como responsável pela ida de Michael Schumacher para a Ferrari e de Lewis Hamilton para a Mercedes, onde emplacaram uma série de títulos mundiais. Ele esteve no paddock pela última vez no Grande Prêmio da Inglaterra, em 2018, ainda apoiando a Mercedes.

Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.