Protagonista de um dos momentos mais emocionantes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao nocautear o ucraniano Oleksandr Khyzniak nos segundos finais quando perdia a luta final, não vai defender o título em Paris 2024. Após a conquista no Japão, o baiano decidiu atuar no boxe profissional.
Embora pugilistas profissionais possam disputar os Jogos Olímpicos desde a Rio 2016, a prática é pouco comum e não será adotada pela delegação brasileira. Como não participou de eventos do boxe olímpico, ele não atendeu aos critérios da Confederação Brasileira de Boxe e não irá à França.
Mesmo com a ausência de Hebert Conceição, que segue a carreira no profissional, o Brasil vai com uma delegação forte no boxe para Paris 2024.
O país tem dez representantes já garantidos Tatiana Chagas (50kg), Caroline Almeida (54kg), Jucielen Romeu (57kg), Beatriz Ferreira (60kg) e Barbara Santos (66kg), entre as mulheres, e Michael Trindade (51kg), Wanderley Pereira (80kg), Keno Marley Machado (92kg) e Abner Teixeira (+92kg).
Atual campeã mundial, Beatriz Ferreira chega como favorita ao ouro e principal estrela da equipe.
O ouro emocionante
O pugilista brasileiro não chegou a Tóquio como o favorito ao ouro, mas teve boa campanha até a final. Nas oitavas de final, ele passou pelo chinês Tuohetaerbieke Tanglatihan por 3 a 2, em decisão dividida dos árbitros.
Na sequência, passou pelo cazaque Abilkhan Amankul também em decisão divida. Na semifinal bateu o russo Gleb Bakshi.
A grande emoção estava guarada para a grande final. Campeão mundial, Oleksandr Khyzniak foi melhor nos dois primeiros assaltos e ficaria com o outro se não fosse nocauteado. Sabendo da desvantagem, Hebert Conceição acertou o golpe que levou o ucraniano ao chão a pouco tempo do fim do combate.