Precisando se reforçar, o Vasco tem um grave problema para resolver agora. Sem honrar com os compromissos das compras dos direitos econômicos de Capasso, do Atlético Tucumán-ARG e de Pumita Rodríguez, do Nacional-URU, o clube foi acionado na Fifa.
Os dois clubes já tinham mostrado impaciência com a demora do Vasco em pagar o que foi acordado nas negociações. Do uruguaio, o clube comprou 75% dos direitos econômicos, enquanto do argentino a aquisição foi de 50%. A informação inicial foi publicada pelo Lance! e confirmada pela Itatiaia.
No acordo, para o Nacional, o Vasco arcaria com US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões), à vista, até o final de março, mas não foi cumprido. A diretoria cruz-maltina procurou o clube de Montevidéu, recentemente para prolongar o prazo, mas recebeu uma negativa.
O caso de Capasso é semelhante. Porém, o Vasco se comprometeu em pagar duas parcelas até o meio deste ano e não honrou com nenhuma. Por metade dos direitos do defensor, o clube carioca pagaria 1,2 milhão de dólares (R$ 5,7 milhões), mais 300 mil dólares (R$ 1,4 milhão), por metas.
O Vasco alega que a dificuldade para o pagamento desses compromissos é justificada no que eles chamam de “fluxo de caixa”. Ou seja, o clube só tem o suficiente para conseguir pagar salários e questões operacionais. A expectativa de aumento das receitas seriam para quitar essas aquisições.
Sendo assim, já com ação na Fifa, o Vasco pode sofrer o chamado transfer ban. Ele é uma medida administrativa e punitiva, quand os clubes não cumprem com os pagamentos das transações internacionais. O Vasco tem que ser notificado pela entidade e vai ter o prazo de 45 dias para que a dívida seja quitada, antes de ser punido.
Dívidas no Brasil
Além dos débitos com clubes estrangeiros, o Vasco também ainda não arcou com o que foi acordado pelas aquisições de Léo e Lucas Piton. No primeiro caso, com o São Paulo, a 777 Partners está com parcelas da compra do capitão. O clube adquiriu Léo por cerca de R$ 16 milhões, em três parcelas de um milhão de euros (R$ 5,4 milhões).
Com o Corinthians, a dívida é de R$ 16,6 milhões. Os cariocas adquiriram 60% dos direitos econômicos do lateral-esquerdo. Em ambos os casos, os clubes chegaram a conversar, mas novamente o acordo estipulado entre as partes não foi honrado.