O zagueiro Ronald, do Maringá-PR, próximo adversário do Atlético, foi o pilar de uma polêmica na 6ª rodada da
O clube e o delegado, no entanto, negam o teor da conversa. Em relatório publicado após o fim do jogo, Fábio diz apenas que fez um comentário no sentido que o atleta poderia forçar a advertência, mas não que o jogador havia solicitado que recebesse o cartão. Leia súmula ao fim da matéria.
Ronald estava pendurado e se lesionou na última semana. No empate por 1 a 1 contra o Botafogo-PB, nesse domingo (18), o atleta acabou advertido por invadir o campo após o gol do Maringá.
Titular do Maringá, o zagueiro Ronald participou de 22 dos 26 jogos do Dogão na temporada 2025. O time paranaense está na quarta colocação da Série C, com 11 pontos e volta a campo na próxima quarta-feira (21), quando enfrenta o
Leia a súmula, na íntegra
Informo que, antes do início da partida, durante o momento de planejamento da equipe de arbitragem, o delegado da partida, sr. Fábio Henrique Gustalla Ferreira dos Santos, dirigiu-se à equipe de arbitragem e proferiu as seguintes palavras:
“Um atleta que estará no banco de reservas do Maringá, pediu para avisar que quer tomar cartão. ele quer saber se precisa fazer algo ou não”.
No momento da fala, houve uma dúvida inicial por parte da equipe de arbitragem quanto ao que exatamente se tratava o conteúdo da informação. Em seguida, foi respondido pelo árbitro da partida: “Nós não temos nada a ver com essa situação. aplicaremos as sanções necessárias”.
O assistente número 2, sr. Júlio César Gaudencio, complementou: “A regra do jogo será cumprida. O que ele irá fazer ou não, não cabe a nós”.
A assistente número 1, sra. Thayse Marques Fonseca, corroborou acrescentando que: “Não temos nada a ver com isso, vamos fazer valer a regra do jogo”. Após esse diálogo, o planejamento foi retomado normalmente.
Ao término da partida, o delegado da partida, sr. Fábio Henrique Gustalla Ferreira dos Santos, entrou no vestiário da equipe de arbitragem e disse: “Viu quem foi que tomou o cartão!?”. Perguntei: “Quem?”. E ele respondeu: “Foi o atleta número 3 do Maringá, Ronald Eugênio de Carvalho. O mesmo que mencionei antes do início do jogo”.
Registro que o referido atleta foi advertido com cartão amarelo aos 34 minutos do segundo tempo por invadir o campo de jogo durante a comemoração do gol da equipe do Maringá. Diante da menção ao episódio, foi dito pela equipe: “Isso não pode acontecer. Esse assunto não diz respeito à arbitragem”.
Relato ainda que após o término do jogo, o sr. Alexandre Tadeu Gallo, diretor de futebol da equipe Saf Botafogo-PB, invadiu o campo de jogo apertou a mão da equipe de arbitragem e proferiu as seguintes palavras: “Me chamo Alexandre Gallo, sou CEO da equipe Botafogo-PB e estou vindo aqui dizer que estarei notificando a CBF amanhã pela recorrência que você fez aqui hoje. Você não apita mais jogo do botafogo, pode me escrever na súmula”.
Relato que o mesmo saiu logo em seguida.
Leia relatório publicado pelo delegado da partida, na íntegra
Consta, na súmula da partida, um registro impreciso que merece esclarecimento. Este delegado, em nenhum momento, manteve qualquer contato direto com os atletas antes do início da partida. De fato, a equipe de arbitragem, antes do início do jogo, encontrava-se conversando sobre aspectos gerais da partida, quando comentou sobre o time do Maringá, especialmente a respeito do capitão, Sr. Ronald Eugênio de Carvalho. Na ocasião, este delegado mencionou que o referido atleta estaria no banco de reservas, acrescentando que havia ouvido que ele ainda se encontrava lesionado e pendurado.
Nesse contexto, foi feito um comentário no sentido de que, caso o atleta apresentasse comportamento inadequado no banco de reservas, “já sabem o que ele quer”. Ou seja, poderia estar tentando forçar uma punição disciplinar, com o intuito de cumprir suspensão enquanto lesionado. Aparentemente, a equipe de arbitragem não compreendeu corretamente o teor da observação.
Ressalte-se que este delegado não manteve contato direto com o atleta Ronald Eugenio de Carvalho, nem com qualquer outro atleta. Por fim, destaca-se que a arbitragem não procurou este delegado para esclarecimentos adicionais, e que a súmula da partida não foi finalizada no estádio, o que contribuiu para o relato impreciso dos fatos.