O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, oficializou o convite para que Dorival Júnior assuma como treinador da Seleção Brasileira. Ele vai conversar com os dirigentes do São Paulo e até segunda-feira (8) dar a resposta, que deve ser positiva. Dorival já é tratado nos bastidores da confederação como o próximo treinador do Brasil.
O contrato oferecido é até o fim da Copa do Mundo de 2026, que terá a final em 19 de julho. Dorival poderá levar membros de confiança para sua comissão técnica e ainda participará da decisão sobre quem será o diretor de Seleções da CBF.
Ednaldo Rodrigues quer uma dupla afinada entre técnico e executivo, que tenha ideias alinhadas de trabalho. A ideia de contratar o ex-lateral Filipe Luís, recém aposentado e muito próximo a Dorival, não foi totalmente descartada, mas a CBF recebeu a informação de que Filipe acha cedo para assumir um cargo tão importante.
Outro ponto importante para o sim de Dorival é respaldo jurídico para o acordo, caso o presidente Ednaldo Rodrigues volte a ser afastado da presidência da CBF por decisão judicial. Na quinta-feira (4), o cartola voltou ao cargo por uma decisão liminar do Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mas o caso ainda será julgado pelo plenário, em data a ser definida.
Pré-candidatos à eleição para presidente da CBF que por ora está suspensa, Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), e o advogado Flávio Zveiter, ex-presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), disseram informalmente a aliados que gostam do nome de Dorival. Ou seja, ele deverá ser mantido se a presidência mudar nos próximos meses.
As negociações
Ednaldo Rodrigues procurou primeiro o presidente do São Paulo, Júlio Casares, ainda na quinta-feira, para avisar do interesse em Dorival. Foi informado que pagaria qualquer valor necessário para a rescisão. Só que Dorival não quis começar a negociar até que Fernando Diniz, que tinha contrato até junho de 2024, fosse desligado oficialmente, o que ocorreu na sexta-feira (5).
A opção por Dorival Júnior ocorre após um desempenho ruim de Diniz nos seis jogos que fez comandando a Seleção Brasileira, todos pelas Eliminatórias para a Copa de 2026. Foram duas vitórias, um empate e três derrotas. O time virou o ano na sexta colocação do qualificatório, com sete pontos, no limite para se classificar ao Mundial.
Na semana passada, o preferido de Ednaldo para o cargo, Carlo Ancelotti, renovou o contrato com o Real Madrid, da Espanha, até 2026. O italiano conversou algumas vezes em 2023 com Ednaldo, a CBF chegou a falar de valor de salário e tempo de contrato com o estafe do treinador, mas ele preferiu ficar na Europa.