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Rivaldo explica por que acha que jogar na Arábia pode ajudar Neymar na Seleção

Campeão do mundo em 2002 vê Brasil como um dos favoritos para a Copa de 2026, com o atual camisa 10 como protagonista

Rivaldo concede entrevista à Itatiaia direto dos EUA, onde vive

Rivaldo tinha 30 anos quando, em 2002, foi destaque da Seleção Brasileira com a camisa 10 no título da Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul. Em 2026, Neymar, hoje o 10 do Brasil, terá 34 anos, mas para o ex-jogador nada impede que ele possa fechar sua trajetória pelo Brasil com o título mundial e, talvez, ainda como o melhor jogador da equipe.

Em entrevista exclusiva para a Itatiaia, por videoconferência, diretamente de Orlando, nos Estados Unidos, onde vive com a família há cerca de sete anos, o campeão mundial da Copa de 2002, na Ásia, acha que a ida de Neymar para o Al-Hilal, da Arábia Saudita, pode ter um reflexo positivo na presença do atacante na Seleção Brasileira.

“Neymar é um jogador que todo mundo sabe o que ele pode fazer em campo. Agora ele está na Arábia [Saudita], e isso acho até que vai deixar ele mais tranquilo, mais fresco para disputar os jogos pela Seleção. O campeonato lá não é tão forte quanto na Europa, quanto uma Champions League, ele vai ter mais fôlego para estar bem na Seleção Brasileira”, disse Rivaldo.

Em 2002, Rivaldo foi um dos melhores de um time que contava com Ronaldo e com Ronaldinho Gaúcho, que, como ele, ganharam o troféu de melhor jogador do mundo concedido pela Fifa. Na Seleção atual, o ex-jogador do Barcelona e do Milan, entre outros clubes, vê Neymar como destaque, mas que terá outros jogadores agregados que dá status ao Brasil de favorito na Copa de 2026 nos EUA, no México e no Canadá.

“Temos grandes jogadores para 2026, é um grupo forte, mas não é fácil ser campeão do mundo. Depois de 2002 foram cinco Copas sem ganhar, o que mostra o quanto é difícil. Mas sempre o Brasil entrará como um dos favoritos, será assim em 2026, e Neymar pode fazer uma grande Copa para fechar com chave de ouro”, disse Rivaldo.

O pentacampeão gostaria que Fernando Diniz, e não Carlo Ancelotti, fosse o treinador em 2026. Por enquanto, Diniz está no comando e venceu seus dois primeiros compromissos, 5 a 1 na Bolívia, em Belém, e 1 a 0 sobre o Peru, em Lima, ambos pelas Eliminatórias para a Copa.

A Seleção volta a campo para mais dois jogos das Eliminatórias em outubro: dia 12 enfrenta a Venezuela, na Arena Pantanal, em Cuiabá, às 21h30 (de Brasília), e no dia 17 visita o Uruguai em Montevidéu, às 21h (de Brasília), pelas terceira e quarta rodadas.

Jornalista, natural do Recife, é atualmente correspondente do portal Itatiaia Esporte na região Nordeste. Com mais de uma década de experiência no jornalismo esportivo, tem passagens pela Folha de Pernambuco, Diario de Pernambuco, Superesportes e NE45. Em Portugal, trabalhou por O Jogo e Sport Magazine.
Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.