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Veja o que fez Neymar desistir de abandonar Seleção e atender chamado de Diniz

Eliminação para a Croácia no Catar desanimou o atacante, que pensou em se aposentar da amarelinha; Diniz ligou para o jogador

Neymar concede entrevista coletiva em Belém, antes de treinamento no estádio Mangueirão

A derrota da Seleção Brasileia para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, em dezembro de 2022, foi doída para Neymar. Na época ele falou que não sabia se voltaria a usar a amarelinha, e nesta quinta-feira (7), em entrevista coletiva em Belém, ele admitiu que a ideia estava amadurecida ao fim do ano passado de nunca mais atuar pelo Brasil. Até conversar com familiares.

“Quando você está com a cabeça pensando na derrota que teve, é triste. São 13 anos de Seleção, uma hora eu sei que vai acabar e, naquele momento, eu deixei em dúvida porque era o que passava na minha cabeça. Nunca vou ser um cara que vai fazer joguinho, sou muito direto. Se eu tenho dúvida, é a verdade. Se eu tiver que voltar, vou dizer que senti saudade e quero voltar. Foi isso que aconteceu. Fiquei na dúvida sim de voltar para a Seleção, mas depois de pressão de familiares e amigos, você começa a valorizar tudo que fez”, disse o jogador.

Neymar não esteve nas duas primeiras convocações pós-Copa, em março e junho de 2023, feitas pelo interino Ramon Menezes, mas porque estava machucado, ainda como jogador do PSG, da França. No início de julho, ele recebeu uma ligação de Fernando Diniz, que havia acabado de ser nomeado o novo comandante, e foi perguntado se voltaria, e que o técnico o considerava peça fundamental nesse início de trabalho. A resposta foi positiva.

“Senti saudade, não tem como não sentir saudade de estar na Seleção. Tenho uma história longa na Seleção, e um orgulho grande do que fiz aqui. Para muitos parece que não vale a pena estar aqui, por tudo que conquistou, pelo dinheiro que ganhou, mas não tem dinheiro no mundo que pague o que é estar representando a Seleção”, disse o atacante.

Ele será titular na estreia do Brasil nas Eliminatórias nesta sexta-feira (8), contra a Bolívia, às 21h45 (de Brasília), no Mangueirão, em Belém. Aliás, o jogador tem sido o mais assediado pelos torcedores desde que chegou à capital do Pará na segunda-feira (4) à noite.

“Essas pessoas não dependem do microfone [citação às críticas da imprensa], elas estão ali por você, por um tchau, por um sorriso. E isso é gratificante demais. Muita gente não sabe o que faço, o que sofro dia a dia. Me esforço sempre, no clube e dentro da Seleção, e ter esse carinho é bom demais”, disse o agora jogador do Al Hilal, da Arábia Saudita.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.