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CBF adia definição do interino para a Seleção; não há um nome de consenso

Ednaldo Rodrigues tem recebido sugestões, como de Maurício Barbieri, mas procura é por um perfil mais experiente

Joelinton e Richarlison lamentam derota para Senegal, em amistosos disputado dia 20 de junho

A direção da CBF ainda não definiu quem comandará a Seleção Brasileira no restante de 2023 - serão seis jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, entre setembro e novembro. O prazo de fim de junho para um anúncio não será cumprido.

Profissionais estão sendo avaliados. A chance de Ramon Menezes ficar como interino caiu muito nas últimas semanas, por mais de um motivo, mas não está descartada.

Maurício Barbieri, demitido recentemente do Vasco, foi indicado por pessoas próximas ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Estes defendem que seria um nome jovem para iniciar uma renovação, que poderia inclusive compor a comissão técnica de Carlo Ancelotti a partir de 2024.

Há, entretanto, dentro da CBF o entendimento de que um nome mais experiente é importante, fora do perfil de Barbieri, 41 anos. Como a Itatiaia publicou, o ex-volante Paulo Roberto Falcão, amigo de Ancelotti, foi um nome pensado dentro da entidade.

Tanto para a transição, como para estar junto com o italiano no ano que vem, dentro de campo ou em cargo diretivo. Mas como Falcão está empregado, como coordenador do Santos, que não vive um bom momento na temporada, qualquer possibilidade com relação a isso ficará para o ano que vem.

Aguardando o futuro chefe

A confederação brasileira decidiu esperar pelo italiano Carlo Ancelotti, que tem contrato com o Real Madrid-ESP até junho de 2024 e, se nada de surpreendente acontecer, só poderá começar a trabalhar com a Seleção nesta data. A entidade já acertou detalhes contratuais com o estafe do técnico, como composição salarial, mas só poderá assinar esse acordo no começo de 2024, portanto não pode anunciar nada até lá.

Por isso que a Seleção Brasileira precisa de um interino, para comandar os seis jogos das Eliminatórias deste ano e provavelmente dois amistosos, em março de 2024, contra Espanha e outro rival a se definir ( pode ser a Alemanha).

Antes favorito para ser mantido como interino, Ramon Menezes, comandante do Sub-20, deve ser oficializado no projeto da Seleção Olímpica, que prevê amistosos em outubro e novembro e o Pré-olímpico de janeiro, ainda sem sede definida. Ele não poderia, portanto, dividir as funções. Os Jogos Olímpicos de Paris serão de 26 de julho a 11 de agosto de 2024.

Os resultados nos três amistosos que comandou, derrotas para Marrocos (2 a 1) e Senegal (4 a 2), e vitória sobre Guiné (4 a 1), também não ajudaram Ramon na intenção de permanecer como interino. De qualquer maneira, mesmo se um novo treinador tampão seja anunciado, ele poderia participar do planejamento para a convocação na próxima Data-Fifa, em setembro, quando o Brasil receberá a Bolívia e visitará o Peru, pelas Eliminatórias.

Compromissos

O adiamento de qualquer decisão também se deve à agenda de Ednaldo Rodrigues. Nesta sexta-feira (30) ele terá reunião com uma comitiva da Fifa, na sede da CBF, no Rio, e com diretores da entidade sobre projeto em conjunto sobre desenvolvimento do futebol na base, entre outras parcerias, como a ampliação da estrutura do centro de treinamento da entidade, na Granja Comary, em Teresópolis-RJ.

Depois o dirigente já deve viajar a Brasília, onde no fim de semana acompanhará a Seleção Brasileira feminina que no domingo (2) fará um amistoso contra o Chile, no estádio Mané Garrincha, o último antes da viagem para a Copa do Mundo, que será de 20 de julho a 20 de agosto na Austrália e na Nova Zelândia. O Brasil estreia no Grupo F dia 24 de junho, frente o Panamá - França e Jamaica completam a chave.

Na segunda-feira (3), Ednaldo terá reuniões em Brasília sobre projeto da CBF, em conjunto com o governo federal, sobre segurança nos estádios. O evento deve ter a presença do Ministro da Justiça, Flávio Dino.

Portanto, qualquer anúncio deve ficar para os dias subsequentes e não está planejado nenhum evento, com entrevista coletiva. Deverá ser feito um comunicado no site oficial da CBF.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.