Galvão Bueno, ex-narrador da Globo e agora apresentador do Canal GB, expôs sua indignação com a postura da CBF em relação ao novo técnico da Seleção Brasileira. A entidade estaria disposta a esperar, até mesmo, o término do contrato de Carlo Ancelotti com o Real Madrid, em junho de 2024, para que o italiano assumisse o posto de comandante da Canarinho.
“Me desculpe, isso é um absurdo sem tamanho. É uma coisa que não pode acontecer. A história do futebol brasileiro está muito acima disso”, afirmou.
O apresentador afirmou ser um dos responsáveis pelo apelo por Ancelotti, por ter sido um dos primeiros a sugerir o treinador para a Seleção, ainda na Copa do Mundo. Entretanto, defendeu ser inaceitável a CBF esperar por até um ano e meio, deixando a equipe com um técnico interino no período.
“Eu me sinto um pouco pai dessa história do Ancelotti, fui o primeiro a falar, em Copa do Mundo, para mais de 60 milhões de brasileiros que seria um grande nome. Agora, completar um ano sem técnico já com jogo de Copa do Mundo? Porque jogo de Eliminatórias é jogo de Copa do Mundo. E se ele vier na metade do ano que vem, um ano e meio sem um técnico com seis jogos de Eliminatórias e mais dois amistosos? Isso é humilhante para o futebol brasileiro, para a Seleção Brasileira e para a sua história. Isso não pode acontecer. Quem manda, tenha a noção exata desse absurdo”, criticou.
Apesar da possibilidade do técnico assumir já no fim de 2023, Galvão relembrou a possibilidade do Real Madrid se classificar para o mata-mata da Champions League, que será disputado em 2024. Neste caso, o apresentador questionou se Ancelotti estaria disposto a deixar o clube no fim da fase de grupos.
“Se ele continuar no Real Madrid, chega no fim do ano, tem o intervalo de Natal e Ano Novo. A Champions League volta em fevereiro, o time está classificado para o mata-mata, ele vai embora no fim do ano? Vai nada. Ficar um ano e meio na Seleção Brasileira, com um técnico interino, é o maior absurdo que eu já vi em toda a minha vida junto com a Seleção. Espero que se corrijam nisso”, finalizou.