O atacante brasileiro Vinícius Junior, de 22 anos, foi escolhido pela Fifa para ser o líder do Comitê Especial Antirracismo que a entidade está formando e que vai contar com outros jogadores. Segundo o presidente da entidade, Gianni Infantino, a intenção é tornar as punições mais severas em episódios de racismo nos estádios e no esporte.
Vini Júnior é o jogador mais atacado em jogos do futebol espanhol. Desde a sua chegada ao Real Madrid, foram mais de dez casos de discriminação em partidas, sem contar ações racistas fora de campo.
O caso mais emblemático ocorreu em 21 de maio, no jogo do Real Madrid contra o Valencia, fora de casa. O brasileiro foi chamado de “macaco” por grupos de torcedores fora e dentro do estádio. Revoltado, Vini pediu a paralisação do jogo e não foi levado a sério pela arbitragem, a ponto de ser expulso após se desentender com um jogador do clube rival.
“Pedi ao Vinícius para liderar esse grupo de jogadores que apresentará punições mais rígidas contra o racismo que serão posteriormente implementadas por todas as autoridades do futebol ao redor do mundo”, disse Gianni Infantino, presidente da Fifa.