O atacante Paulinho está em cronograma individualizado e não foi relacionado para os últimos dois jogos do
A Itatiaia buscou especialistas em ortopedia para entender os motivos de o Palmeiras adotar uma grande cautela com Paulinho. O atacante só atuou com controle de minutagem até agora. Porém, o excesso de precaução é recomendado em razão da gravidade da lesão, de acordo com os médicos ouvidos.
Apesar da cautela palmeirense, Paulinho não sofreu nova contusão. A preservação do jogador se deve ao trabalho de controle de carga, segundo apuração da reportagem.
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Riscos e motivos de uma recuperação cautelosa
De acordo com o doutor Darlan Malba, Ortopedista de Joelho e Esporte do Hospital Sírio-Libanês de Brasília, a cautela é importante para que a contusão não se manifeste novamente.
“Fratura por estresse é uma lesão grave para esportistas. É incapacitante, de difícil tratamento, e a recuperação precisa ser cautelosa, etapa por etapa. Mesmo com a fratura consolidada, é fundamental passar por um processo de transição, com fortalecimento muscular e adaptação, para voltar aos gramados em alto nível e com menor chance de nova lesão”, disse.
Ortopedista do Hospital Albert Einstein, o Dr. Mario Lenza explicou que o retorno às atividades de forma apressada pode ocasionar diferentes contusões, além de agravar a própria fratura por estresse.
"É uma lesão com alguns riscos, especialmente para atletas de alto nível. A volta precoce pode levar à reincidência da fratura, algo comum se a carga de treinos ou jogos for retomada de forma abrupta. Outros músculos ou articulações podem ser sobrecarregados, aumentando o risco de novas lesões na coxa ou ligamentares, por exemplo”, detalhou.
Paulinho participou de parte do treino do Palmeiras na última terça (20)
Pressa pode piorar caso de Paulinho
Mario Lenza detalhou que a cicatrização óssea em casos de fratura por estresse da tíbia é um processo lento, que exige monitoramento rigoroso. É arriscado apressar o retorno mesmo com a liberação clínica, segundo o especialista.
“O osso ainda passa por um processo essencial de remodelação e readaptação às cargas mecânicas do esporte de alto rendimento. Ignorar essa etapa pode comprometer a integridade da estrutura óssea. A pressa no retorno competitivo pode parecer vantajosa no curto prazo, mas representa um risco elevado de afastamentos prolongados no futuro”, afirmou.
Darlan Malba explicou que é preciso investigar possíveis complicações decorrentes da fratura por estresse. Para isso, ele reforçou que a volta deve ser gradual, como faz o Palmeiras.
“Além do impacto repetitivo, é importante investigar desequilíbrios musculares, déficits nutricionais, variações hormonais e desalinhamentos articulares. O retorno deve começar com poucos minutos e aumentando a carga aos poucos, para evitar recaídas ou lesões musculares”.
Lesão do jogador do Palmeiras é comum
O doutor Darlan Malba explicou que a contusão é comum em esportes de alto rendimento, em razão de “impactos repetitivos e aumento de pressão sobre uma região específica do corpo”.
O especialista Mario Lenza exemplificou a recorrência de fraturas por estresse em atletas com estatísticas. Ele citou que a tíbia, local da lesão do jogador do Palmeiras, é a área mais afetada.
“Estudos indicam que as fraturas por estresse correspondem a aproximadamente 10% a 20% de todas as lesões esportivas em atletas, acometendo predominantemente os membros inferiores entre 8% e 95% dos casos. Entre os ossos dos membros inferiores, a tíbia é o mais afetado, respondendo por cerca de 49% das fraturas”, destacou.
Paulinho volta quando?
O Palmeiras joga nesta quinta-feira (22), na partida de volta contra o Ceará, pela