Os pais da torcedora palmeirense Gabriela Anelli, morta após confusão na entrada do Allianz Parque no dia 8 de julho, fizeram cobranças ao jornalista Tiago Leifert nesta quinta-feira (5). O protesto foi realizado pouco antes do segundo jogo da semifinal da Copa Libertadores, entre Palmeiras e Boca Juniors-ARG, no mesmo estádio, em São Paulo.
Na faixa, a família afirma que Leifert “inverte valores, culpa a vítima e ataca uma família em dor”. “Nosso luto será eterno. Respeito! Em memória de Gabriela Anelli, vítima assassinada”, escreveu.
Depois da morte de Anelli, em julho, Leifert divulgou informações equivocadas sobre a torcedora do Palmeiras no programa ‘3 na Área’, transmitido pelo Youtube. Horas depois, o jornalista se desculpou.
Tiago Leifert afirmou que Gabriela estava envolvida no confronto no entorno do estádio. No entanto, após o Boletim de Ocorrência (BO), ficou comprovado que a torcedora estava em outro ponto do Allianz, afastada de onde ocorreu a briga. Após ter acesso ao Boletim de Ocorrência, Tiago Leifert pediu desculpas.
“Eu tinha dito que a torcedora que faleceu, que foi assassinada na verdade, é o termo correto, que ela estava no confronto do portão A, que aconteceu durante o jogo. A gente teve acesso ao BO (boletim de ocorrência), li o BO agora a pouco e ela estava próxima ao portão D, portão visitante”, afirmou.
“Voou uma garrafa na direção da torcida organizada do Palmeiras, atingiu ela no pescoço. Peço desculpas. Ela não estava no confronto do (portão) A. O confronto foi durante o jogo, foi feio, mas ela já tinha sido atingida. Foi atingida antes do início do jogo no portão D, então peço desculpas”, completou.
Gabriela Anelli, que morreu aos 23 anos, havia ido ao estádio para acompanhar o jogo entre Palmeiras e Flamengo, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. A torcedora foi atingida no pescoço por uma garrafa em uma confusão entre torcidas. Ela chegou a ser socorrida, mas sofreu duas paradas cardíacas e morreu dois dias depois.
