A superação de Fábio, aos 43 anos, goleiro do Fluminense, serve de inspiração para outros veteranos. É o caso de Fabrício, do Nova Iguaçu. O arqueiro de 38 anos tem no ex-cruzeirense a grande referência na carreira.
Destaque do time finalista do Campeonato Carioca, que eliminou o Vasco na semifinal do torneio, ele tem sua primeira experiência no futebol carioca e viu de perto a fase vivida por Fábio.
“É um momento fantástico na minha carreira. Já passei por vários lugares. É fantástico o que estamos vivendo. Fábio é minha referência. Ele mudou a forma como as pessoas vêem os goleiros com uma idade maior. Ele fez com que a gente fosse melhor visto. Cada dia ele vai se reinventando e alavanca a carreira de outros que têm idade mais avançada”, comentou à Espn.
Antes de chegar ao Laranja Mecânica da Baixada Fluminense, Fabrício disputou o Módulo II do Campeonato Mineiro, no ano passado, pelo Uberlândia. Em Minas Gerais ele também atuou pelo Boa Esporte, entre 2017 e 2018.
Fabrício também foi titular do Vila Nova, em 2020, passou por Água Santa, J. Malucelli e Cianorte com mais destaque. O contrato dele com o clube da Baixada Fluminense é até o final da Série D do Campeonato Brasileiro.
Metrô para ver a família
Fabrício viralizou na internet, após a classificação em cima do Vasco, por ter saído do Maracanã de transporte público. Ele foi flagrado no metrô do Rio de Janeiro e explicou o motivo.
“Minha família foi assistir ao jogo. Se hospedaram em um hotel perto. A maneira mais fácil de chegar foi de metrô. Não vi opção melhor do que essa. Acabei sendo reconhecido, mas acho que foi algum vascaíno que tirou essa foto”, comentou.
Fabrício é flagrado saindo do Metrô, após eliminar o Vasco
Escolha pelo Maracanã
Mesmo com o Maracanã tomado pela torcida do Vasco nos dois confrontos. Fabrício garantiu que todo o elenco do Nova Iguaçu queria as partidas no Maior do Mundo. Segundo ele, a decisão inicial para Volta Redonda desanimou os jogadores.
“Todo mundo sempre quis o jogo no Maracanã. Trabalhamos nossa vida toda, treinamos a vida toda, para chegar em um palco como esse. Queríamos que fosse no Maracanã. Ficamos chateados quando saiu Volta Redonda como o local. Com a repercussão e a mudança, o elenco todo ficou feliz, mesmo ciente de toda pressão que iria enfrentar”, contou.
Sobre voltar ao Maracanã e disputar uma final diante do Flamengo, o veterno arqueiro destacou o excelente trabalho feito no Nova Iguaçu pela diretoria e pelo técnico Carlos Vitor.
“Prazer é imenso estar nessa final. Sabemos que foi um caminho muito árduo. Nosso time foi muito bem escolhido pela diretoria e pela comissão. Isso fez com que o grupo fosse muito fortalecido. No dia a dia vamos conhecendo a característica de cada um. Conseguimos detectar o que precisa um quanto antes. Desde o início precisávamos desse coletivo forte para que cada individualidade possa aparecer”, finalizou.
O Nova Iguaçu vai disputar a primeira final estadual de sua história. O clube quebrou um jejum de 18 anos no Estadual. Desde 2006, quando Madureira perdeu a final para o Botafogo, a decisão não era realizada sem dois dos quatro grandes da cidade.