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Grêmio tenta antecipar comando da gestão da Arena, em Porto Alegre

Pelo contrato assinado na época da troca do Estádio Olímpico pela Arena, no bairro de Humaitá, o clube aceitou ter controle sobre o novo estádio só em 2033

Presidente do Grêmio, Alberto Guerra revelou ao programa CNN Esportes S/A, da CNN Brasil, que trabalha nos bastidores para assumir a gestão da Arena, estádio do clube em Porto Alegre, antes de 2033. Até lá, a princípio, o controle do empreendimento será feito pela Arena Porto-Alegrense, empresa criada para ser a administradora.

Embora seja dono de uma arena moderna, o Grêmio não recebe nada das receitas do estádio com bilheteria, camarotes e publicidade. Além disso, o clube precisa pagar à Arena Porto-Alegrense pelos assentos usados pelos seus sócios cativos.

Pelo contrato assinado na época da troca do Estádio Olímpico pela Arena, no bairro de Humaitá, o clube aceitou ter controle sobre o novo estádio só em 2033. Até lá, todas as rendas vão para a empresa que administra o equipamento esportivo.

“O Grêmio tem conversado com parceiros para ver se consegue antecipar o recebimento do estádio, mas não passa por fundos imobiliários. Passa pela troca de receitas entre as partes”, disse Alberto Guerra.

“A propriedade na forma jurídica estabelecida é uma permuta do Olímpico com a Arena, que não foi feita por outras questões, entendemos que é questão burocrática. A propriedade (do estádio), isso nós temos. Vamos negociar a antecipação da gestão. A outra gestão tentou várias vezes, mas não andava. É um assunto que está sempre na mesa”, acrescentou o presidente gremista.

Leia, a seguir, outras falas de Alberto Guerra sobre a Arena:

Troca do terreno do Olímpico pela construção da Arena do Grêmio
  • Eu sou filho do estádio Olímpico, cresci vendo jogos lá… Foi nosso casarão. Um estádio icônico e glorioso onde a gente se sentia em casa, tinha alma. Na Arena a gente ainda está construindo isso. É um bairro novo, muitas coisas em volta. Mas precisávamos dar alguns destinos, na função de dirigente, em estruturas no estádio Olímpico que já estavam bem precárias e poderiam trazer risco.

  • Foi feita essa opção lá atrás, entre algumas que se tinha: o Conselho optou por uma estratégia de trocas de chave, joga em um domingo em um estádio e na quarta eu troco as chaves e vou para o outro. A Arena é um dos estádios privados mais modernos da América Latina. A capacidade para uma cidade do tamanho de Porto Alegre é gigantesca, linda.

  • Como a gente paga essa conta sem pôr um real ali? Dando a área do Olímpico, a exploração do entorno da Arena e a gestão da Arena por 20 anos. Já se passaram 10 anos e meio, e tem mais 9 anos e meio da gestão que pertence à Arena.

O que fica com a Arena Porto-Alegrense
  • A exploração, equipamentos, aluguéis, camarote, bilheteria, tudo isso é da Arena Porto-Alegrense.

O que fica para o Grêmio
  • Para o Grêmio ficam os sócios e também os direitos de transmissão, que não tem nada a ver com o equipamento. Mas de equipamento tudo fica pra Arena.

Foi bom para o Grêmio?
  • Eu acho que agora a gente tem um equipamento mais moderno e de geração de receita muito maior do que tinha antes (com o Olímpico). Sabíamos que sofreríamos por algum período, porque temos que pagar essa conta.

  • E quando tivermos a administração da Arena, o Grêmio será muito mais pujante. Tivemos agora a semifinal contra o Flamengo, a bilheteria deu R$ 5 milhões. Então, há grande capacidade de gerar receitas.

  • Acho que fizemos um bom negócio do ponto de vista de equipamento, mas a conta está cara. A gente se surpreende com esse aperto financeiro que é bastante oneroso e temos que fazer das tripas coração para tocar o clube sem a receita de bilheteria e ganhos com camarote e equipamentos multiuso, como um shopping.

  • O Grêmio tem a modalidade de sócios que não paga ingresso, como tinha no Olímpico. Nessa modalidade, o Grêmio paga por esses sócios mensalmente.

  • Mas o que vale é que o Grêmio saiu de um estádio que precisava ser modernizado, com algum investimento. E foi para um estádio de última geração sem dívida, como alguns clubes que pegaram empréstimo e que nem sempre é fácil pagar.

  • Então, nesse sentido, o Grêmio foi preocupado. Por outro lado, sem uma capacidade de geração de receitas de bilheteria. Tem dois pesos aí que, por 20 anos, é um problema. Mas saindo disso, a situação muda completamente.

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