Um dos grandes momentos da história do maior clássico do Sul do Brasil foi vivido em 1988, quando Internacional e Grêmio disputaram uma das semifinais do Campeonato Brasileiro. A mobilização gaúcha pelo confronto foi tão grande, que o jornalista Lauro Quadros criou a marca Gre-Nal do Século.
A disputa foi em dois jogos, e o primeiro deles aconteceu no Estádio Olímpico, em 9 de fevereiro de 1989, pois o Brasileirão do ano anterior invadiu a temporada seguinte, o que era comum no futebol brasileiro nas décadas de 1970 e 1980.
Na primeira partida, o empate sem gols teve como marca principal a violência dos dois lados. Naquela noite, o Colorado esteve mais próximo da vitória, mas a igualdade não deixou de ser um bom resultado.
Pelo regulamento, por ter melhor campanha, o Internacional jogava a volta por empate no tempo normal e na prorrogação. Mas o enredo do jogo daquele 12 de fevereiro de 1989 era todo favorável aos tricolores. Aos 25 minutos, o centroavante Marcus Vinícius fez 1 a 0 para o Grêmio. Aos 38, ainda do primeiro tempo, o lateral-esquerdo Casemiro, do Colorado, foi expulso.
Na etapa final, o Internacional, com um jogador a menos, foi buscar uma das maiores viradas da sua história. E ela teve um nome: Nilson. O centroavante empatou o Gre-Nal do Século aos 16 minutos do segundo tempo, e decretou a virada aos 26.
Com quase 80 mil pessoas, o Beira-Rio viveu um dos maiores capítulos da história do clássico do Rio Grande do Sul, com os colorados fazendo uma enorme festa pela classificação à decisão do Campeonato Brasileiro em cima do maior rival, de virada, com um jogador a menos em campo.
Já são quase 35 anos em que falar do Gre-Nal do Século é obrigatório quando Internacional e Grêmio vão se enfrentar pelo Brasileirão.