O zagueiro Fabrício Bruno, do
No dia 14 de outubro, o
Em entrevista concedida ao programa Rádio Esportes, da Itatiaia, nesta sexta-feira (7), o zagueiro do Cruzeiro reforçou que as pessoas aproveitaram um momento de fragilidade para “atirar pedras”.
“Acaba que muitas das vezes as pessoas esperam um mau momento para vir atirar pedras, e talvez acho que essa não seja a maneira certa de se posicionar no momento. Teve gente que me bateu e que recentemente passou por um momento difícil e vem acabar destilando ódio em cima de mim, sendo que eu nunca fiz nada para essa pessoa”, disse.
Fabrício destacou, inclusive, que poderia ter tomado medidas judiciais. Entretanto, o jogador ponderou que preferiu mostrar a reação dentro de campo. Leia a declaração na íntegra ao final da matéria.
“Eu poderia ter processado, poderia ter tirado satisfação, mas acho que meu trabalho eu tenho que provar dentro de campo. não adianta eu tentar vir querer debater, nunca fui esse tipo de jogador e não vai ser agora que vou ser”, explicou.
Reação da família
Fabrício também apontou que, durante esse momento conturbado, recebeu grande apoio da família, mas pontuou que a esposa e o filho ficaram sentidos com a situação.
“Meu filho foi uma das pessoas que mais sentiu esse momento, minha esposa acabou chorando, ela ficou bem triste, não é fácil ver seu companheiro, seu par, passando por esses momentos difíceis”, contou o camisa 15 celeste.
“Meu pai quando terminou o jogo me mandou uma mensagem e falou ‘Pô filho, queria estar aí, papai e mamãe para te dar um abraço, e dizer que a gente te ama e confia muito em você'. Então foi nas pessoas que eu me apeguei, recebi muitas mensagens de apoio também, acho que as críticas foram desproporcionais, se tratando do que aconteceu, mas estamos aí, quem ´tá na chuva é para se molhar mesmo’, revelou Fabrício.
Apoio de Ancelotti
Apesar da atuação ruim na última Data Fifa, o jogador do Cruzeiro voltou a ser convocado por Carlo Ancelotti na segunda-feira (3). O zagueiro irá compor o elenco do Brasil nos amistosos contra Senegal e Tunísia, nos dias 15 e 18 de novembro respectivamente.
O
“Fabrício Bruno saiu triste do jogo contra o Japão. O pensamento do estafe técnico da CBF não é embasado só sobre o erro que ele cometeu contra o Japão. É embasado nos muitos jogos que ele está bem. Nós temos muita confiança nele, em suas características e qualidades. Em geral, o erro é um bom momento para ser melhor”, afirmou o treinador, à época.
Leia a declaração de Fabrício Bruno sobre as críticas após erro na Seleção Brasileira:
“Acaba que muitas das vezes as pessoas esperam um mau momento para vir atirar pedras, e talvez acho que essa não seja a maneira certa de se posicionar no momento.
Teve gente que me bateu e que recentemente passou por um momento difícil e vem acabar destilando ódio em cima de mim, sendo que eu nunca fiz nada para essa pessoa. Acho que o erro no futebol, quem está lá dentro está sempre sujeito a isso, ninguém quer errar e fazer as coisas de sacanagem.
Mas acima de tudo, acho que na vida tudo que você faz aqui, você vai pagar aqui, acho que isso não é segredo para ninguém.
Eu poderia ter processado, poderia ter tirado satisfação, mas acho que meu trabalho eu tenho que provar dentro de campo. não adianta eu tentar vir querer debater, nunca fui esse tipo de jogador e não vai ser agora que vou ser.
É um momento em que tenho que ser resiliente, acima de tudo, nesses momentos, está minha família. Tenho minha esposa, meu filho, minha filhinha que vai fazer um ano agora, meu pai, minha mãe, meu irmão, que são minha base e sempre estiveram comigo em todo esse processo desde quando comecei a jogar bola com 9 anos, foi quem esteve do meu lado.
Nada mais justo do que nesses momentos difíceis se fechar a essas pessoas, é quem eu vou ter carinho, quem vai estender o braço e ombro para me abraçar nesses momentos difíceis. Meu empresário também que sempre procurou me deixar tranquilo, é claro o que o baque é grande, não é fácil passar por essas dificuldades.
Se jogando em um clube já é difícil, imagina representando seu país. A porrada é muito grande, nunca vou esconder isso de ninguém, sou ser humano e eu tenho sentimento também. Foi um momento de muita resiliência, de muita fé, sempre confiei em Deus e sempre soube que ele vai fazer o melhor para minha vida e para minha carreira.
Meu filho foi uma das pessoas que mais sentiu esse momento, minha esposa acabou chorando, ela ficou bem triste, não é fácil ver seu companheiro, seu par, passando por esses momentos difíceis. Ela está comigo desde minha saída do clube, quando eu fui para o Red Bull, ela sabe o quanto foi difícil para estar aqui hoje nesse momento.
Acima de tudo, meu pai quando terminou o jogo me mandou uma mensagem e falou “pô filho, queria estar aí, papai e mamãe para te dar um abraço, e dizer que a gente te ama e confia muito em você'. Então foi nas pessoas que eu me apeguei, recebi muitas mensagens de apoio também, acho que as críticas foram desproporcionais, se tratando do que aconteceu, mas estamos aí, quem ´ta na chuva é para se molhar mesmo’.
Nunca reclamei, a crítica faz parte e eu usei a crítica para servir de aprendizado e acima de tudo, servir de crítica construtiva porque eu sei o jogador que eu sou, sei o quanto posso entregar para o clube e Seleção. Por isso sou muito grato a deus, pois nesses momentos difíceis temos que ter muita resiliência e muita fé, pois esses momentos são passageiros.
Então conseguir dará volta por cima e logo em seguida uma expulsão que eu comecei a repensar muita coisa , o porquê daquilo estar acontecendo, às vezes pela minha forma de querer muito, de ser um cara muito trabalhador, sempre procurar estar no mais alto nível, acabo me cobrando e talvez mexeu um pouco e é por isso que estou longe das redes, longe de acompanhar futebol para estar focado em um só objetivo, principalmente nessa reta final de temporada que é ajudar o clube a conquistar os objetivos traçados no início da temporada e que possamos conquistar grandes coisas.”