Na manhã desta terça-feira (7), o presidente do
Segundo Sérgio Coelho, o Instituto tem alcançado números expressivos em sua atuação. “O ano passado nós impactamos 200 mil pessoas. Nós fizemos 100 ações sociais durante o ano e os números para este ano são maiores ainda”, destacou.
Entre os principais projetos do Instituto estão a “Escolinha do Futuro”, com 12 unidades — sendo 10 no interior e duas em Belo Horizonte — que atendem cerca de 100 crianças cada. “A gente dá a elas todas as condições de recreação com futebol, psicólogo, assistente social, lanche e uniforme”, explicou o presidente. Ele também destacou a marcante ação no Rio Grande do Sul, que arrecadou fundos e resultou na doação de 50 casas para vítimas das enchentes, além de um treino beneficente com ingressos revertidos para ajudar o estado.
Apoio aos “Imortais”
Uma das ações mais emocionantes destacadas por Coelho foi a criação do Clube dos Imortais, iniciativa que visa dar assistência a ex-atletas do Galo que passam por dificuldades financeiras e emocionais.
“Eu já sabia há muitos anos que muitos ex-atletas passavam por dificuldades. Sempre me procuravam e eu tentava ajudar de alguma forma. Com o Instituto Galo, nós resolvemos formalizar esse apoio. A gente chama de Clube dos Imortais, onde todos os ex-atletas podem participar. Uns para estarem juntos, outros porque realmente precisam de ajuda”, explicou.
Atualmente, o grupo do Clube dos Imortais no WhatsApp reúne cerca de 150 pessoas, incluindo o próprio presidente, João Leite e diversos ex-jogadores. “Talvez 40% desses ex-atletas precisam muito de ajuda – e são ajudas básicas”, acrescentou.
Os integrantes do Clube dos Imortais têm direito também a:
- Acesso a academias
- Cestas básicas
- Tratamento dentário
- Consultas médicas
- Exames
- Ingressos para jogos do Atlético
Rede de apoio e dignidade
João Leite, jogador com o maior número de partidas pelo Atlético, destacou a importância do apoio emocional e estrutural que o Instituto oferece, não apenas aos jogadores, mas também aos funcionários que ajudaram a construir a história do clube.
“É um trabalho que você encontra ali muitas glórias, as pessoas perto de você e, de repente, você não tem mais aquele envolvimento. E esse apoio que o clube tá desenvolvendo agora é de extrema importância, porque cuida das pessoas que deram a vida pelo Atlético”, afirmou o ex-goleiro.
O presidente também comentou sobre casos recentes de acolhimento de funcionários históricos do clube. “Hoje nós temos três pessoas morando numa instituição de longa permanência, a Assopoc. Pirapora, que jogou no Galo, João Gaiola, que era enfermeiro, e o senhor Milton, que trabalhou por mais de 50 anos como porteiro da sede de Lourdes. Eles recebem todo o nosso carinho.”
Além disso, uma parceria com uma clínica odontológica de primeira linha viabilizou tratamento dentário completo, com implantes, para 25 ex-atletas. “Tudo que precisar ser feito está sendo feito. A gente tem procurado dar dignidade a todos, carinho, chega a dizer amor a todos eles”, emocionou-se Sérgio Coelho.
“A caridade não tem CPF”
O espírito solidário do Instituto Galo vai além do universo atleticano. O presidente reforçou que o trabalho é feito com base na empatia, sem olhar o time ou a origem de quem precisa.
“A caridade não tem CPF e nem endereço. Seja de onde for a pessoa e seja quem for, precisou, bateu na nossa porta, a gente abre ela dentro das nossas condições com muito prazer”, afirmou.
O Instituto Galo, que nasceu com o objetivo de retribuir à sociedade tudo o que o clube recebeu ao longo de sua história, hoje é referência em ações sociais no esporte brasileiro, levando dignidade, acolhimento e esperança para milhares de pessoas.
Instituto Galo
Com quatro anos de existência, o Instituto Galo opera de forma independente das finanças do Atlético. Suas ações e projetos são viabilizados por meio de fontes alternativas de receita, como incentivos fiscais previstos na legislação brasileira, doações voluntárias e uma porcentagem da arrecadação gerada pela Arena MRV, o estádio do clube alvinegro.
A proposta do Instituto é usar a força e o engajamento da torcida atleticana como motor de transformação social, promovendo campanhas contra a fome e o frio, incentivando a doação de sangue e fomentando iniciativas voltadas à educação, cultura e saúde.