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O árbitro da partida, Jefferson Ferreira Moraes, registrou o episódio na súmula oficial, relatando ofensas direcionadas ao lateral-esquerdo Reinaldo, da equipe paulista e ex-jogador do clube pernambucano.
Segundo o documento, o jogo foi paralisado aos 10 minutos do primeiro tempo por cerca de 30 segundos, após cânticos ofensivos, que não voltaram a se repetir após a pausa do evento.
O árbitro afirmou que as manifestações se repetiram algumas vezes e que o delegado da partida, Jorge Buregio, foi comunicado imediatamente, solicitando que fosse feito um anúncio no sistema de som do estádio pedindo o fim das ofensas.
“Informo que, aos 10 minutos do primeiro tempo, paralisei a partida por aproximadamente 30 segundos em razão da entoação de cântico de cunho homofóbico provenientes da torcida mandante do Sport Club do Recife, direcionados ao jogador nº 06 da equipe do Mirassol Futebol Clube, Sr. Reinaldo Manoel da Silva”, relatou o árbitro.
“As ofensas foram proferidas nos seguintes termos: ‘Reinaldo viado, Reinaldo viado’, sendo repetidas diversas vezes. (…) Ressalto que, após a retomada do jogo, não foram mais ouvidos cânticos de natureza homofóbica no estádio”, complementou.
O que diz a CBF?
O Regulamento Geral da Competição da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) considera de extrema gravidade qualquer ato de cunho discriminatório. Por isso, a entidade pode aplicar sanções administrativas mesmo sem a necessidade de julgamento imediato pela Justiça Desportiva.
As punições previstas variam de advertências e multas a medidas mais severas, como perda de pontos, suspensão de competições, vedação de registro de atletas e até exclusão de torneios.
A CBF e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devem avaliar o caso nos próximos dias. Até o momento, o clube não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido.
O Sport volta a campo no fim de semana, fora de casa, para encarar o vice-líder