Depois de uma temporada histórica em 2024, com os títulos da Libertadores e do Brasileirão, o Botafogo amarga um 2025 de frustrações até aqui. John Textor admitiu que houve inúmeras falhas no planejamento do Glorioso após a eliminação para o Vasco, nesta quinta (11), nas quartas de final da Copa do Brasil.
O início do ano foi marcado pelas derrotas na Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana, troféus que ainda não pertencem ao Botafogo e foram minimizados por Textor, que afirmou que a temporada só “começava em abril”, após o Carioca e com o início do Brasileirão.
“A temporada começa em abril. Temos uma temporada de 11 meses, contando a pré-temporada. Com essa mentalidade, tivemos o melhor ano em 120 anos de história. Tivemos um começo lento, uma mudança de comando técnico inesperada, e já falamos sobre isso. É passado”, respondeu ao ser questionado se se arrependia das declarações dadas neste sentido.
Depois dos três títulos perdidos no primeiro trimestre, sob comando interino de Carlos Leiria e, depois, Cláudio Caçapa, Renato Paiva foi contratado. A passagem do português foi curta, com a polêmica demissão após o Mundial de Clubes. Desde julho, Davide Ancelotti está dirigindo a equipe. É a primeira experiência do italiano no cargo principal.
As quedas na Libertadores e Copa do Brasil deixam o Brasileirão como única frente para o Glorioso até dezembro. A disputa pelo título parece distante, com o líder Flamengo a 12 pontos neste momento, mas Textor não “joga a toalha”. Além disso, o time ainda precisa garantir as classificações para a Libertadores e para a Copa do Brasil do ano que vem.
Admitindo a frustração pelos resultados, John Textor preferiu ver um “lado positivo” neste cenário. Atualmente, a cobrança e a expectativa no Botafogo são por vitórias e títulos, diferentemente de anos recentes.
“Quero agradecer aos torcedores, vimos a festa que eles fizeram hoje. O apoio foi incrível, casa lotada, atmosfera incrível. Mereciam um resultado melhor. Derrota muito dolorosa. Jogos de copa, nem sempre se vence o jogo como esperado. Acho que por mais que seja doloroso, nossos torcedores esperam vencer. Somos uma organização diferente. Somos uma organização melhor em relação aos últimos anos. Esperávamos estar na Libertadores e nas semifinais da Copa do Brasil. Isso machuca porque nossas expectativas, agora, são muito maiores. Eu entendo nossos torcedores estarem chateados pelo que fizeram e por como terminou. Méritos ao Vasco, tem talento e seu treinador sabe o que faz”, afirmou Textor.
Confira, abaixo, mais respostas de John Textor:
Análise da temporada
“Eu gosto dos nossos jogadores, eu confio esses homens e nesse treinador mesmo após a derrota. Estou orgulhoso por ter uma organização que fica tão chateado por uma derrota como essa. Que fica chateado por querer vencer tudo. Esse ano só é tão duro porque ano passado foi tão bom. Ainda temos muito a disputar. O campeonato está lá, não é inalcançável. Libertadores é importante. O mais importante, o orgulho é importante. Sabemos que temos um bom time e temos que colocar o melhor em campo e transformar esse estádio em uma festa novamente. Está nas nossas mãos.”
Se arrepende de dizer que a temporada começa em abril?
“A temporada começa em abril. Temos uma temporada de 11 meses, contando a pré-temporada. Com essa mentalidade, tivemos o melhor ano em 120 anos de história. Tivemos um começo lento, uma mudança de comando técnico inesperada, e já falamos sobre isso. É passado. O fato é que o Flamengo está a 10 pontos. É uma diferença que podemos tirar. É ir jogo a jogo. Temos que dar algo aos torcedores. Isso é o futebol, é tudo para todos da organização. Precisamos entreter os torcedores, mostrar um futebol que eles gostam. São muitos jogos pela frente, são muitas batalhas. Queremos vencer os times dentro e fora de casa. Temos que superar isso. Não é fácil, mas tem muito em jogo.”
Quais erros você cometeu?
“Esse é um trabalho difícil se você fica duvidando de si mesmo. Mas tenho uma lista de 20 coisas que fizemos errado. Fácil. Perdemos a Libertadores cedo. Eliminados na Copa do Brasil. Falhamos nas principais ambições, mas esses jogadores têm orgulho. Vamos dar aos torcedores algo a se orgulhar até o fim do ano. Sou otimista. Não falo sobre o passado.”