Torcedor do Lanús desde 1951, Isidoro David Krulewietki dedicou a vida a acompanhar o clube do coração pelos quatro cantos do mundo. Agora, aos 85 anos, prepara mais um capítulo dessa história: viajará a Assunção, no Paraguai, para assistir à final da
Figura conhecida entre os granates, David não perde um jogo. Nos compromissos como mandante, tem lugar cativo: assento 54, fileira 14, no estádio Néstor Díaz Pérez. Nas viagens, coleciona memórias de todos os tipos — algumas boas, outras nem tanto. A mais recente aconteceu no Maracanã, no Rio de Janeiro, no dia 16 de outubro, durante as quartas de final da Sul-Americana, quando uma briga no setor destinado aos visitantes provocou tumulto e atraso na partida.
O confronto estourou no intervalo, no Setor Norte, e rapidamente chamou a atenção dos jogadores argentinos, que correram às arquibancadas ao verem a confusão. A arbitragem decidiu interromper o jogo por cerca de 30 minutos, até que a situação fosse controlada.
David recorda com tristeza o episódio: “As mulheres cuidaram de mim. Vi cenas deploráveis”, disse ao jornal Olé, da Argentina.
Apesar do susto, o torcedor viveu também um momento inesquecível naquela noite. Após a vitória que classificou o Lanús às semifinais, ele apareceu em um vídeo ao lado dos filhos, comemorando a vaga — a gravação viralizou em diversos países. “Foi emocionante. O Lanús evoca algo inexplicável em mim”, afirmou.
Nos cagaron a palos pero nos llevamos la clásicacion del Maracaná!!!!!! #Lanus te amamos!!!! pic.twitter.com/Sa9iuljNQZ
— Sergio Krule (@Krulenus) September 24, 2025
A paixão começou cedo. Seu pai já torcia para o clube, mas o encantamento de David tomou forma quando decidiu, sozinho, assistir a um jogo pela primeira vez.
“Naquele dia eles jogaram contra o River. Fui sozinho e vi o estádio tão cheio que me assustei. Desde então, sou torcedor deles”, relembra.
O legado, hoje, se estende aos filhos e netos, todos convertidos ao granate pela devoção do patriarca.
Mesmo com a mobilidade reduzida pelo passar dos anos, David não cogita abandonar as viagens. Pelo contrário: continua acompanhando o Lanús onde quer que ele jogue.
“Fui ao Brasil, à Colômbia e a muitos outros lugares. Não consigo me locomover com a mesma independência de antes, mas gosto de ir.”
Ele conta ainda que, em uma dessas viagens, surgiu uma superstição que mantém religiosamente. “Sempre uso uma camisa polo que eu mesmo passo a ferro nos hotéis. Virou um hábito”, diz, bem-humorado.
Agora, com sua camisa devidamente preparada, ele se organiza para mais uma jornada internacional. Afinal, para Isidoro David Krulewietki, seguir o Lanús não é apenas torcer — é viver.
Final da Sul-Americana entre Lanús e Atlético pela Sul-Americana
A decisão entre Lanús e Atlético será às 17h (horário de Brasília), no sábado.
Para chegar até a final, o
Já o Lanús terminou a fase de grupos na liderança do seu grupo e avançou para as oitavas de forma direta. Passou por Central Córdoba-ARG, Fluminense e Universidad do Chile-CHI até chegar à final da competição continental.