O Fluminense tem melhorado de forma gradativa suas receitas, mas ainda necessita recorrer às categorias de base - em especial à venda de suas promessas - para conseguir equilibrar os balanços que vinham sendo negativos nos últimos anos.
Segundo o aponta o “Relatório Convocados”, produzido pelo economista César Grafietti, especialista em finanças do futebol, o Tricolor teve uma boa distribuição de receitas, mas ainda com alguma dependência de negociação de atletas.
Os números dizem que geração de caixa, em termos totais, segue altamente dependente da negociação de atletas para fechar suas contas. Isto é, o clube possui um fluxo de caixa desconfortável.
O Fluminense ainda tem a necessidade estrutural de adiantamentos em contratos, como cotas de televisão, efeito negativo da dependência de negociação de atletas para conseguir reduzir seus passivos.
Em suma, o Fluminense até teve um aumento de 22% das suas dívidas de 2021 para 2022 - de R$ 501 milhões para R$ 612 milhões - mas os custos seguem tendência de crescimento, sempre lastreados pela negociação de atletas.
Além disso, a geração de caixa foi positiva, ainda que abaixo dos 10% das receitas. O que é explicado é que essa geração é ajustada para baixo, porque uma parcela da receita com negociação de atletas será recebida nos anos seguintes. Para compor o caixa o clube buscou adiantamentos.
De positivo, o Fluminense gerou em receitas líquidas R$ 320.725,00 milhões, tendo como custos e despesas um total de R$ 285.258,00 milhões, com um superávit, neste modelo, de R$ 35.467,00 milhões.
Porém, somando todas as depesas com pagamentos e acordos, a geração de caixa livre do clube fechou no negativo em R$ 20.099,00 milhões.
