O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi alvo de uma
Na súmula, o árbitro Rafael Rodrigo Klein (RS), justificou da seguinte forma a expulsão de Bruno Henrique, que aconteceu após dois cartões amarelos - um por falta e outro por ofensa ao árbitro.
“Informo que expulsei por decorrência do cartão vermelho direto, o atleta nº 27 da equipe c. r. Flamengo, o sr. Bruno Henrique Pinto, por me ofender com as seguintes palavras: “Você é um merda”, com o dedo em riste em direção ao meu rosto, após a marcação de uma falta e também após ter sido advertido com cartão amarelo. Após ser expulso, o atleta veio em minha direção, sendo contido pelos seus companheiros. Informo que me senti ofendido”, relatou, em súmula, o árbitro.
A investigação aponta que familiares de Bruno Henrique estavam cientes dessa intenção do atleta e, por isso, fizeram apostas esportivas em relação aos cartões do próprio jogador antes do início da partida. Os citados criaram contas em casas de apostas virtual e realizaram palpites específicos sobre a punição do atacante do Flamengo. O cenário foi igualmente identificado nas contas de outros seis investigados.
Segundo apuração da Itatiaia, as bets emitiram alerta de aposta atípica por contas recém criadas. A Polícia Federal está no caso por ser um crime de repercussão interestadual e que exige repressão uniforme, nos termos da Lei 10.446/2010.
Algumas bets reportaram apostas atípicas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com destaque para as contas criadas poucos minutos antes do início da partida.
Detalhes da investigação
Às vésperas da final da Copa do Brasil, a operação da Polícia Federal (PF), conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Gaeco-MPDFT), tem o apoio do Gaeco do Rio de Janeiro e também de Minas Gerais.
Ao todo, na manhã desta terça-feira (5), são cumpridos 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em Vespasiano, em Lagoa Santa e em Ribeirão das Neves. A operação é chamada de Spot-Fixing, uma expressão inglesa que faz alusão à manipulação de uma situação específica de um jogo.
Os mandados são efetivados na casa de todos os investigados, incluindo a casa do atleta, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O Gaeco e a PF também realizam a operação na sede das empresas DR3 – CONSULTORIA ESPORTIVA LTDA e da BH27 OFICIAL LTDA, em Lagoa Santa, e no quarto de Bruno Henrique no Ninho do Urubu, CT do Flamengo.
Além do atacante do Flamengo, também são alvos da operação: Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique; Ludymilla Araujo Lima, cunhada dele; Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do jogador; o casal Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Rafaela Cristina; e Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, todos residentes da capital mineira.
A Itatiaia entrou em contato com o representante do jogador e aguarda um posicionamento sobre o assunto.