Como técnico interino da Seleção Brasileira, Fernando Diniz divulga sua primeira lista de convocados nesta sexta-feira (18), às 13h30 (de Brasília), na sede da CBF. O Flamengo, rival “íntimo” do treinador pelo Fluminense e dono de um dos elencos mais poderosos do país, sempre vive a expectativa de ter jogadores na lista. A fase, contudo, não é das melhores para os dois últimos convocados rubro-negros.
Pedro e Ayrton Lucas foram chamados por Ramon Menezes para os amistosos do Brasil contra Guiné e Senegal, em junho. Desde então, a dupla rubro-negra vive um momento de baixa pela equipe carioca, o que pode custar as vagas na primeira lista de Diniz, o interino da Seleção Brasileira.
Sob o comando de Sampaoli, a dupla Pedro e Gabigol foi desfeita de vez. O tipo de jogo procurado pelo técnico e a formação tática praticamente zeraram os minutos dos dois atacantes, juntos, em campo. Com a titularidade do camisa 10, as chances de Pedro têm ficado cada vez mais raras.
Foram 16 jogos do Flamengo desde a última Data Fifa. Pedro foi titular em cinco desses jogos, saiu do banco de reservas outras seis vezes e não foi acionado por Sampaoli em outras três oportunidades.
A queda de minutos, os três gols e uma assistência mostram que o camisa 9 não vive sua melhor fase, apesar de se manter como o artilheiro do Flamengo na temporada, com 27 gols. A situação ficou clara da pior maneira possível, com Pedro sendo agredido por um membro da comissão técnica e, logo após, publicando nota na qual afirmou que vinha sofrendo “covardia psicológica” como jogador do Fla.
No caso de Ayrton Lucas, o problema parece ser o oposto. Segundo jogador do Flamengo com mais minutos na temporada, o lateral-esquerdo tem dado sinais de desgaste físico. Neste mesmo intervalo de 16 jogos após a última Data Fifa, Ayrton Lucas disputou os mesmos 11 jogos, mas atuou por 85 minutos ou mais em oito partidas. Pedro, por sua vez, só jogou três vezes por mais de 85 minutos.
Se, por uma opção tática ou técnica, Pedro perdeu espaço no ataque, Ayrton Lucas faz um 2023 praticamente absoluto em sua posição. Filipe Luís, que seria o seu concorrente, passou maior parte do ano sem condições de atuar. Vítor Pereira, tampouco Sampaoli, buscaram outras alternativas, seja no elenco profissional ou nas divisões de base, o que levou Ayrton Lucas a ser quase “insubstituível”.
