O Cruzeiro fez apenas dois jogos no Mineirão neste ano e se comportou como um “time cigano”, já que na temporada atuou como mandante, até aqui, em cinco estádios diferentes (Independência, Arena do Jacaré, Kleber Andrade e Parque do Sabiá). Situação muito incômoda para o técnico Pepa, que recebeu a promessa de que a diretoria não tiraria mais os jogos da Raposa de Belo Horizonte.
“Atrapalha muito ao andarmos de casa em casa e o gramado. Prejudica muito. Para quem defende fica mais fácil. Por outro lado, quando digo que estamos de mãos atadas”, disse o treinador em entrevista exclusiva à Itatiaia.
Além da logística atrapalhar treinos e até o descanso de jogadores por causa de viagens, o fator gramado também mereceu críticas do treinador celeste. Para Pepa, além do Mineirão, demais gramados por onde o Cruzeiro jogou não privilegiaram o estilo de jogo do time.
“Que culpa tem o Cruzeiro nisso, que culpa tem o torcedor, que precisa ir ao mesmo sítio, e precisa de horas e horas de ônibus. É desconfortável para todos, para a direção, para a administração, para o torcedor, que costumava ter o hábito de ter só aquela casa como mandante e ponto final”, reclamou o treinador celeste.
Um dos fatores que ocasionou o “distanciamento do Cruzeiro de Belo Horizonte” neste ano foi o entreve da diretoria do clube com a Minas Arena. Ronaldo Fenômeno, em janeiro, disse que o time celeste não jogaria no estádio por conta de desacordo comercial.
Com o decorrer do ano e auxílio da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade do Governo de Minas Gerais, Cruzeiro e Minas Arena se reaproximaram.
"É muito desconfortável para os profissionais, para a comissão, viajar para ali, para lá, o gramado não está bom. Moral da história, ninguém tem culpa disso. A única solução aqui tem a ver com negociações”, finalizou, Pepa.