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Gramados em MG viram incômodo e atrapalham estilo de jogo do Cruzeiro

Mineirão, Arena do Jacaré e Independência geram críticas por parte de integrantes do time do Cruzeiro

Gramado da Arena do Jacaré foi mais um criticado pelo Cruzeiro nesta temporada

O Cruzeiro vive uma realidade cigana nesta temporada, procurando estádios para jogar dentro e fora de Minas Gerais, atuando até no Espírito Santo. Além de passar por essa situação, há ainda dificuldade com os gramados dos locais onde a Raposa tem mandado os seus jogos.

A última péssima experiência acabou gerando prejuízo desportivo para o clube: derrota por 1 a 0 para o Cuiabá na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, na sétima rodada do Campeonato Brasileiro.

O estádio da cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi duramente criticado por jogadores do Cruzeiro.

“Não dá, né. Esse gramado não existe. Isso não é desculpa, a gente correu o tempo todo, lutou, infelizmente o resultado não veio. Agora é pensar no Flamengo no sábado (...) Eu me cobro muito, estava errando passe que não erro. Infelizmente, não dá para jogar aqui. Muita areia, não dá", criticou o atacante Bruno Rodrigues.

Técnico Pepa fica na bronca

Até o técnico Pepa disparou contra o tapete da Arena do Jacaré.

“O que os jogadores falaram no final do jogo (críticas ao gramado), não estou aqui a desculpar nada, mas é uma realidade. Também sou o primeiro a dizer que nós temos que fazer mais e melhor nesses tipos de situações. Quando não dá para tocar violino, temos que tocar tambor. (...)”, destacou o treinador.

Em várias partes do tapete da Arena do Jacaré, marcas evidentes e buracos, que foram tampados com areia. “Mesmo com o gramado como está, obriga-nos a nós termos mais paciência com bola e a ter muito mais critério na forma como servimos nossos homens de frente”, explanou, Pepa.

Rafael Cabral dispara contra Arena do Jacaré

Quem também não perdoou a condição do gramado do estádio de Sete Lagoas foi o goleiro Rafael Cabral.

“Está longe de ser a nossa casa, por mais que a torcida estava aqui. O campo está muito ruim, o estádio deixou muito a desejar. Não era pra um jogo de Série A, mas, infelizmente, era o que a gente tinha. O que a gente tem que fazer? Ficar em silêncio, trabalhar, perdemos. Agora, é assumir a responsabilidade e continuar”, reclamou.

Problemas em BH

Nem mesmo o Mineirão, maior palco do futebol mineiro e estádio de Copa do Mundo, escapa do péssimo estado da grama. Inclusive com “remendos” evidentes que demonstram que o futebol está em segundo plano no estádio em detrimento dos eventos, que dominam o cronograma do Gigante da Pampulha neste ano.

Após a derrota por 2 a 0 para o Fluminense na quinta rodada do Brasileirão, Pepa comentou a situação do gramado do Mineirão.

“Não está perfeito. Um gramado muito escorregadio, muito rápido, um pouco irregular, mas acredito que com um trabalho em cima do gramado vai ficar melhor”, disse em entrevista coletiva antes do último evento que usou a área de grama do estádio, no dia 20 de maio.

O jornalista André Rizek, do Grupo Globo, não poupou críticas à condição dos estádios usados pelos clubes mineiros.

“O gramado em que Cruzeiro e Cuiabá jogaram ontem, o gramado em que Galo e Furacão se enfrentaram agora... Não dá, gente! Já passou da hora de a gente se levar mais a sério. Gramados assim têm que ser vetados! É o mínimo”, opinou no Twitter.

O Gigante da Pampulha esteve indisponível para o Cruzeiro contra o Cuiabá por causa do show realizado no dia 20 de maio, e a partida do Atlético contra o Athletico-PR nessa terça (23).

Independência indisponível

O Cruzeiro não conseguiu utilizar o Independência na última segunda-feira (22) e por isso precisou levar o jogo para Sete Lagoas. O “Indepa” recebeu uma quantidade alta de jogos nos últimos dias. Foram nove partidas, o que acabou afetando a qualidade do gramado.

E foi justamente pela condição da grama que o América vetou o uso do Independência pelo Cruzeiro contra o Cuiabá. Fato que gerou polêmica e nota oficial da Raposa contra o Coelho e CBF.

Guilherme Piu é jornalista esportivo com experiência multiplataforma: digital, revista, rádio e TV. Tem dois livros publicados e foi premiado em festivais de cinema no Brasil e no exterior, dentre eles o Cinefoot. Cobriu grandes eventos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e torneios de futebol. Passou por Hoje em Dia, Uol e Revista Placar.