Personagem importante na história do Cruzeiro, o técnico Adilson Batista completa, nesta quinta-feira (16), 55 anos. Em uma história que se mistura como atleta e treinador, o paranaense construiu uma grande identificação com a Raposa ao longo de três passagens pelo clube.
Em 1989, Adilson Batista foi contratado pelo Cruzeiro junto ao Athletico Paranaense. Em 26 de fevereiro daquele ano, o zagueiro estreou em um amistoso contra o Ideal, no Ipatingão. No duelo, Silva e Edemilson marcaram os gols da vitória do time celeste, por 2 a 0.
Com um perfil de liderança e muita técnica, Adilson foi titular absoluto da equipe até 1992. Ao todo, incluindo duas partidas em 1993, quando se transferiu para o Internacional, ele disputou 162 partidas e marcou 15 gols.
No período - entre 1989 e 1993 -, Adilson Batista foi bicampeão mineiro (1990 e 1992) e bicampeão da Supercopa da Libertadores (1991 e 1992).
Primeira passagem como técnico
De volta à Toca da Raposa em 2007, Adilson Batista foi anunciado no dia 6 de dezembro como substituto de Dorival Júnior. O novo comandante estreou com goleada sobre o Uberaba, por 4 a 0, no Mineirão, pela 1ª rodada do Campeonato Mineiro de 2008.
Bicampeão mineiro (2008 e 2009), com direito a duas goleadas por 5 a 0 sobre o Atlético, nas finais do Estadual, Adilson caiu nas graças do torcedor. Ainda em 2009, foi campeão do Torneio de Verão do Uruguai, em Montevidéu.
Em 2010, foi eliminado pelo Ipatinga nas semifinais do Campeonato Mineiro.
Pelo Brasileirão, sob o comando dele, o Cruzeiro terminou o campeonato na 3ª posição, em 2008, e na 4ª colocação, em 2009.
Na Libertadores, Adilson Batista ‘bateu na trave’ em três oportunidades. Em 2008, a Raposa foi eliminada nas oitavas. No ano seguinte, amargou o vice contra o Estudiantes e, em 2010, deu adeus à competição nas quartas de final.
Em 3 de junho de 2010, após um empate sem gols contra o Santos, no Mineirão, Adilson Batista pediu demissão do cargo. No mesmo mês, Cuca foi contratado para o seu lugar.
Retorno em 2019
Na tentativa de livrar o Cruzeiro do rebaixamento, em 2019, Adilson Batista foi anunciado no dia 29 de novembro. A três rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o treinador acertou um acordo verbal sob a direção de Zezé Perrella, ex-presidente do clube.
O técnico fez a reestreia em uma derrota para o Vasco, em São Januário. Sem sucesso na missão de evitar a queda, Adilson Batista também perdeu para o Grêmio, na Arena do Grêmio, e para o Palmeiras, no Mineirão, carimbando o descenso do clube à Série B.
Em 2020, já com contrato assinado, Adilson Batista comandou o Cruzeiro no início do Campeonato Mineiro. Com um elenco reformulado e mais enxuto, foi demitido após a derrota para o Coimbra, no Independência. O revés foi o último jogo antes do cancelamento do calendário por causa da pandemia da Covid-19. Em 18 de março, Enderson Moreira foi anunciado como substituto.
Retrospecto
Ao longo das duas passagens como treinador, Adilson Batista soma 100 vitórias, 38 empates e 46 derrotas como comandante da Raposa, com aproveitamento de 54,35%.
