A diretoria do Cruzeiro avançou etapas no que diz respeito ao trabalho de análise do atual elenco, tendo em vista o processo de escolha daqueles atletas que permanecerão no clube -- e chegarão à Toca II -- para a próxima temporada.
A mudança é um movimento natural, já que o departamento de futebol busca deixar o time mais encorpado e com qualidade para disputar um campeonato de nível mais elevado, como a Série A do Brasileiro.
“Vai ser necessária uma mudança para que a gente seja competitivo na Série A. Nosso departamento de mercado já está buscando opções. A gente já está debatendo muitos nomes com o Pezzolano. O clube vem trabalhando para sustentar um pilar de jogadores que entenderam o estilo de jogo e quais os princípios do Cruzeiro. O clube já vem renovando alguns contratos, investindo na permanência de alguns jogadores. Esse é um indicativo do perfil dos atletas que vão ficar no clube”, revelou o diretor de futebol estrelado, Pedro Martins, em entrevista exclusiva à Itatiaia.
Alguns atletas já deram forte indicativo de que podem deixar o Cruzeiro ao fim de 2022. Caso do volante Willian Oliveira, que em entrevista após o jogo com o Sport, em Recife, falou em tom de despedida.
“Não sei se eu permaneço aqui (no Cruzeiro), mas desde já eu agradeço pelo reconhecimento de vocês. Agradeço àquelas pessoas que torcem e que acreditaram e confiaram na gente”, disse, também lamentando uma falha individual no jogo, que acabou culminando no terceiro gol do Sport.
Quem mais deve sair
O atacante Rodolfo, os volantes Pablo Siles e Pedro Castro; e o zagueiro Wagner Leonardo têm grande chance de sair ao fim do ano.
O lateral Matheus Bidu, emprestado pelo Guarani e que custaria R$ 6 milhões aos cofres celestes, é considerado um investimento elevado. Portanto, é outro que não deve ficar.
O meia Fernando Canesin, que chegou a ter status de titular, mas que perdeu a vaga no time principal, é outro que não deve permanecer para a Série A de 2023. Bem como o meia Chay, que veio emprestado pelo Botafogo, e ainda não chamou a atenção como muitos esperavam.
Leonardo Pais, curinga por atuar na ala direita e no meio-campo, também tem futuro incerto. Porém, sendo mais provável que deixe à Toca II. Assim como João Paulo, que se recupera de uma lesão grave na coxa -- precisou ser operado.
Os atacantes Jajá e Luvannor também podem deixar o clube. O primeiro teria que ser comprado do Athletico-PR, enquanto “Luva” pode voltar para a Moldávia, onde jogava antes de chegar ao Cruzeiro.
Waguininho é outro que perdeu espaço e figura na lista dos que vão deixar a equipe azul de Belo Horizonte.
O zagueiro Zé Ivaldo também pode sair, já que teria que ser comprado pela diretoria do Cruzeiro.
Quem já foi
Quem já anunciou oficialmente sua despedida foi o experiente volante Rômulo. Ele recebeu convite para assumir um cargo diretivo no clube, mas preferiu jogar por mais algumas temporadas antes da aposentadoria. Por isso, deixará o Cruzeiro ao fim de 2022.
“Ao mesmo tempo, vamos buscar um equilíbrio para aumentar nosso nível técnico para brigar com todos os competidores da Série A. A gente quer um Cruzeiro forte, respeitando nossa limitação financeira e capacidade de pagar salário”, explicou Pedro Martins.
Saída de atletas
Martins também explicou como o Cruzeiro se atualiza em relação ao que será necessário para a Série do ano que vem. A diretoria de futebol, alinhada com a comissão técnica, dividiu o trabalho por partes.
“Na primeira etapa era necessário adquirir um ou outro jogador, como o Neto Moura e Lucas Oliveira. Existe um grupo de atletas em que procuramos avaliar o que ele fez na Série B. Não podemos deixar de falar como o clube é grato por esses atletas. Mas cada caso é um caso. Você tem que falar com outros clubes, empresários. Talvez tenha que fazer um investimento alto. Todos os casos estão sendo tratados com muito carinho”, ponderou.
Sobre gratidão, Pedro Martins disse que o clube deve ter sim por esse elenco vencedor e que tirou o Cruzeiro da Série B. Portanto, não será só esse sentimento que dará vaga na equipe para 2023.
“O clube precisa agradecer esses atletas (que devolveram o clube para a Série A), mesmo aqueles que não tenham jogado tanto quando gostariam. Todos tiveram o seu papel. Mesmo sem jogar, ele (jogador que não é titular) qualifica o treino, nossa rotina. Quando a gente fala no planejamento para a próxima temporada, temos que respeitar as características da próxima competição que vamos disputar. Foi assim que fizemos na Série B e vamos fazer na Série A”, garantiu.
