A grande campanha do Cruzeiro na Série B do Campeonato Brasileiro de 2022 tem como base o ótimo desempenho do time de Paulo Pezzolano quando atua como mandante. E isso pode provocar uma marca impressionante, pois apenas nesta edição pode conquistar mais pontos que a somatória de 2020 e 2021, quando a Raposa também disputou a Segunda Divisão nacional.
Nas duas últimas temporadas, o time celeste teve aproveitamento idêntico dentro de casa. E ele foi muito ruim, apenas 43,85%, pois foram 25 pontos conquistadas num total de 57 disputados em cada edição da Segundona.
Agora, se bater o Criciúma neste domingo (4), às 16h, no Mineirão, o Cruzeiro, que é o melhor mandante desta Série B, já alcançará 40 pontos, apenas dez a menos nos 38 jogos que fez em casa em 2020 e 2021. Isso em 42 possíveis, pois serão 14 os jogos disputados. O aproveitamento será de 95,23%, mais do que o dobro do alcançado nos dois últimos anos.
Após a partida contra os catarinenses, a equipe de Paulo Pezzolano disputará mais cinco dentro de casa, contra Operário-PR (8/9), Vasco (21/9), Ituano (4/10), e Guarani e CSA ainda sem data definida pela CBF.
Como são 18 os pontos que o Cruzeiro ainda disputa em Belo Horizonte, pode alcançar 55 ao final da competição. Mesmo que empate dois e vença quatro dos seis jogos restantes, somará 14 pontos e chegará aos 51, marca superior às campanhas de 2020 e 2021 dentro de casa, somadas.
Barreira
A análise das campanhas cruzeirenses nas duas últimas edições da Série B mostra que foi exatamente o péssimo desempenho como mandante que impediu o time de brigar por uma vaga na Primeira Divisão, principalmente em 2020, quando o aproveitamento como visitante foi superior ao que o time de Paulo Pezzolano tem neste momento.
Há dois anos, a Raposa ganhou 30 dos 57 pontos disputados fora de Belo Horizonte, com um aproveitamento de 52,63%. O atual é de 50%, pois são 21 pontos em 42 possíveis.
No ano passado aconteceu uma queda e o aproveitamento foi de 40,35% fora de casa. Mesmo assim foram os 25 pontos ganhos como mandante, num universo de 57 (43,85% de aproveitamento), que decretaram o segundo fracasso cruzeirense na Série B, o que virou passado com a transformação do clube em SAF e a chegada de Ronaldo e sua equipe de trabalho.