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Intercontinental: veja a premiação do ‘novo Mundial’ que o Atlético pode participar

Fase final do torneio de clubes anual da Fifa será em dezembro, no Catar, e Galo jogará se ganhar a Libertadores; valores são iguais ao ‘antigo Mundial’

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O campeão da Copa Intercontinental, o mundial anual da Fifa com seis clubes, receberá US$ 5 milhões (R$ 29 milhões). É valor semelhante ao que a entidade pagava ao vencedor da competição em formato anterior, com sete participantes, disputado até 2023.

Atlético ou Botafogo, quem ganhar a Copa Libertadores que está em andamento, estará na edição de 2024 da competição da Fifa.

O Galo despachou o River Plate-ARG na semifinal e já confirmou vaga na decisão, em 30 de novembro, em Buenos Aires. O Glorioso tem cinco gols de vantagem no agregado na semifinal contra o Peñarol-URU e deve carimbar nesta quarta-feira (30) seu lugar no confronto do mês que vem.

Confira a premiação da Copa Intercontinental:

  • Campeão: US$ 5 milhões (R$ 29 milhões)
  • Vice: US$ 4 milhões (R$ 23 milhões)
  • semifinalista: US$ 2,5 milhões (R$ 14,4 milhões)
  • 4º/5º: US$ 1 milhão (R$ 5,7 milhões)
  • 4º/5º - Al Ain (Emirados Árabes) - US$ 1 milhão (R$ 5,7 mihões)
  • 6º- Auckland City (Nova Zelândia) - US$ 500 mil (R$ 2,8 milhões)

Al Ain, dos Emirados Árabes, e o Auckland City, da Nova Zelândia, já jogaram, perderam e tiveram suas cotas definidas. O campeão da Libertadores vai enfrentar o Pachuca, do México, em Doha, no Catar, no dia 11 de dezembro. Se perder fica com US$ 1 milhão, na quarta posição do torneio.

Se ganhar, vai à semifinal enfrentar o Al Ahly, do Egito, em 14 de dezembro, e garante ao menos US$ 2,5 milhões. Se vencer os egípcios, jogará a final contra o Real Madrid, da Espanha, o campeão europeu, no dia 18 de dezembro. Os dois jogos também serão em Doha.

Se perder do Real, a cota para o vice-campeão é de US$ 4 milhões, Se ganhar fatura os US$ 5 milhões destinados ao melhor time da competição.

Veja o calendário do Intercontinental:

  • Al Ain (Emirados Árabes) 6 x 2 Auckland City (Nova Zelândia) - 22 de setembro - Al Ain, Emirados Árabes Unidos
  • Al-Ahly (Egito) 3 x 0 Al Ain - 29 de outubro - Cairo, Egito
  • Campeão da Libertadores x Pachuca (México) - 11 de dezembro - Doha, Catar
  • Al-Ahly x Campeão da Libertadores/Pachuca - 14 de dezembro - Doha, Catar
  • Real Madrid (Espanha) x Al Ahly/Campeão da Libertadores/Pachuca - 18 de dezembro - Doha/Catar

O Intercontinental terá seis participantes e os europeus estarão direto na final. Por quê? Foi a maneira encontrada pela direção da Fifa de convencê-los a manter uma disputa anual de clubes.

Anualmente, o campeão da Libertadores cruzará com o vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf (Confederação das Américas do Norte Central), sempre em dezembro. Asiáticos, africanos e o melhor time da Oceania se enfrentarão em mata-mata para definir quem pega o ganhador de Conmebol x Concacaf em uma semifinal única.

A semi e a final contra o campeão da Liga dos Campeões da Europa será sempre em campo neutro, em 2024 em Doha, no Catar.

A decisão do Intercontinental será em 18 de dezembro, com o Real Madrid já classificado, e que vai comemorar os dois anos da final da Copa do Mundo do Catar, vencida pela Argentina.

O “mini Mundial”

O novo Mundial de Clubes anual foi batizado de Copa Intercontinental. Reunirá anualmente os seis campeões continentais, inclusive nos anos em que ocorrer o Super Mundial de Clubes, que será quadrienal e terá 32 participantes, com a primeira edição em 2025, nos Estados Unidos.

Mas por que a Fifa batizou esse “mini Mundial” de Copa Intercontinental? Por questões comerciais.

O Mundial de Clubes da Fifa, com esse nome, será o turbinado, com 32 times que se jogará a cada quatro anos. Começa em 2025, e continua em 2029, 2033, sempre no ano anterior à Copa do Mundo de seleções. A Fifa venderá os pacotes comerciais e de direitos de transmissão do Mundial quadrienal usando essa nomenclatura e a expectativa é que para 2025 a receita seja de 2 bilhões de euros (R$ 10,7 bilhões).

Mas para não criar um hiato no confronto internacional entre clubes, a Fifa decidiu por esse “mini Mundial”, com seis participantes. Só que não poderia chamá-lo de Mundial de Clubes, já que é uma competição distinta daquela com 32 times.

Isso traria problemas na hora de vender cotas a patrocinadores e empresas de comunicação, já que os valores praticados serão bem diferentes. Por isso, os interessados em serem parceiros da Fifa comprarão o Super Mundial e a Intercontinental. Podem até fazer um pacote, mas serão dois produtos diferentes.

Copa Intercontinental é o mesmo nome do confronto entre os campeões europeu e sul-americano, que durou de 1960 a 2004, primeiro em jogos de ida e volta nos dois continentes, e a partir de 1980 com confronto único no Japão, patrocinado por uma montadora de carros e pela Federação Japonesa. Em 2017, a Fifa, após pedido da Conmebol, reconheceu todos os vencedores deste Intercontinental como campeões mundiais.

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Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.