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Adversários, Atlético e Internacional ‘dividem’ ídolo histórico

Centroavante marcou época nos dois clubes e é reverenciado por torcedores mineiros e gaúchos por seus gols e irreverência

Dadá Maravilha marcou época com as camisas de Atlético e Internacional

Atlético e Internacional se enfrentam nesta quinta-feira (12), às 21h30 (de Brasília), pelo Campeonato Brasileiro, em um duelo que envolve mais do que os três pontos. Dentro da história das duas instituições, um nome se destaca como ícone: Dadá Maravilha.

O lendário centroavante é lembrado como ídolo tanto por atleticanos quanto por colorados, graças às conquistas, gols decisivos e carisma incomparável.

Dario José dos Santos construiu sua trajetória de sucesso ao longo de 21 anos, vestindo as camisas de 16 clubes. Mas em Belo Horizonte e Porto Alegre, Dadá viveu alguns de seus momentos mais marcantes, deixando seu nome cravado na história do futebol brasileiro.

Ídolo eterno do Galo

No Atlético, Dadá brilhou em três passagens: entre 1968 e 1972, em 1974 e depois entre 1978 e 1979. Ao todo, foram 290 jogos e 211 gols, marca que o torna o segundo maior artilheiro da história do clube.

Foi com a camisa do Galo que Dadá viveu um de seus maiores momentos: o gol do título do Campeonato Brasileiro de 1971, na vitória sobre o Botafogo, no Maracanã. Naquele ano e no seguinte, também foi artilheiro nacional.

Mesmo ao deixar o clube, Dadá manteve o carinho da torcida atleticana. Quando retornou ao Mineirão em 1973 vestindo a camisa do Flamengo, foi recebido com aplausos e gritos de ‘Dadá' pela torcida alvinegra.

Herói colorado em 1976

Se em Minas Dadá é reverenciado, no Rio Grande do Sul não é diferente. Contratado pelo Internacional em 1976 vindo do Sport, ele teve uma passagem curta, mas extremamente impactante. Sua estreia foi marcada por gol em amistoso, e sua temporada foi coroada com a conquista do bicampeonato brasileiro.

Na final daquele Brasileirão (1976), o centroavante brilhou novamente: marcou o primeiro gol da vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, e foi o artilheiro da competição. Sua contribuição também foi decisiva para o octacampeonato estadual e reforçou seu status como ídolo também no Beira-Rio, onde é lembrado com carinho até os dias atuais.

Mais que gols, carisma e folclore

Além dos feitos esportivos, Dadá se notabilizou pelo jeito irreverente e pelas frases marcantes. Foi apelidado de ‘Peito de Aço’, ‘Beija-Flor’ e, claro, ‘Dadá Maravilha’. Dentre as frases mais icônicas do centroavante, se destacam: “Não existe gol feio, feio é não fazer gol”, e “Três coisas que param no ar: helicóptero, beija-flor e Dadá”.

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Jornalista formado pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH. Já atuou em diversas áreas do jornalismo, como assessoria de imprensa, redação e comunicação interna. Apaixonado por esportes em geral e grande entusiasta dos e-sports