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Pressionado, Ceni terá de reverter crise no Bahia para salvar temporada

Tricolor baiano acumula sete derrotas e apenas duas vitórias nos últimos 10 jogos que disputou

Rogério Ceni, técnico do Bahia

A goleada sofrida para o São Paulo nessa terça-feira (5) sacramentou a crise no Bahia. Nos últimos 10 jogos da temporada, o time treinado por Rogério Ceni acumula sete derrotas, um empate e duas derrotas. O aproveitamento é de 23,3%.

O retrospecto, naturalmente, coloca em risco o principal objetivo do clube em 2024: classificar-se à Libertadores do ano que vem. Neste momento, o Esquadrão de Aço é o sétimo colocado do Brasileirão, com 46 pontos. São nove a menos que o São Paulo, primeiro integrante do G6.

Com seis jogos pela frente na competição nacional, Rogério Ceni terá de reverter a crise para salvar a temporada do Tricolor, que acumula muito mais fracassos do que sucessos.

Além de ter caído nas quartas de final da Copa do Brasil, o Bahia não conquistou os títulos do Campeonato Baiano e da Copa do Nordeste, metas do primeiro semestre. Com isso, terminar o Brasileiro no G6 virou obrigação.

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Vale lembrar que, neste momento, o clube baiano encontra-se em zona de classificação para o principal torneio da América do Sul. Isso porque a decisão entre Atlético e Botafogo na Libertadores de 2024 deve abrir mais uma vaga na Série A.

Ainda assim, o Bahia pode ser ultrapassado pelo Cruzeiro nesta quarta-feira (6). A Raposa precisa de uma vitória sobre o Flamengo, no Mineirão, para assumir a sétima posição.

“Agora, é o momento de se unir, se fechar, para tentar, nas últimas seis rodadas [conquistar a vaga para Libertadores]”, avalia Ceni.

Torcida pressiona

Contra Ceni e o Esquadrão, pesa a pressão da torcida. Bem antes fim do jogo contra o São Paulo, nessa terça, a Arena Fonte Nova estava praticamente vazia. Até mesmo parte da Bamor, principal organizada do clube, já havia deixado o local.

A véspera do confronto contra o Tricolor paulista, inclusive, foi marcada por uma ameaça ao treinador. O Viaduto da Avenida Presidente Castelo Branco, que fica próximo à Fonte, amanheceu com um boneco com o rosto do profissional pendurado e enforcado, além de faixas de protesto contra os jogadores do tricolor.

Ceni evitou comentar sobre o ocorrido, mas reclamou das vaias da torcida direcionada aos jogadores durante o duelo com o São Paulo.

“Eu lamento sobre o episódio. Não vou tecer comentários sobre o episódio em si. O torcedor fica triste e vaia. Me coloco no lugar do jogador. Aos 40 minutos do primeiro tempo, você erra e a vaia vem. É direito do torcedor. Ele paga o ingresso. Quando o time não vence, ele se frustra. Mas durante o jogo, eu lamento muito. Estamos devendo resultados. Mas essa vaia não vai ajudar. Os jogadores sentem”, disse o técnico.

Sequência final

Até o final do Brasileirão, o Bahia terá seis adversários pela frente: Juventude (fora), Palmeiras (em casa), Athletico-PR (em casa), Cuiabá (fora), Corinthians (fora) e Atlético-GO (em casa).

O próximo compromisso, contra o Ju, será no sábado (9), no Alfredo Jaconi, pela 33ª rodada do Brasileirão. A bola rolará para o confronto a partir das 19h (de Brasília).


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Nuno Krause é chefe de reportagem do portal Itatiaia Esporte. Antes, foi correspondente da Itatiaia no Nordeste. Formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), acumula passagens por Bahia Notícias, Jornal A TARDE e Rádio Salvador FM.