Gustavo Scarpa, meia do Atlético, revelou como anda o processo contra o ex-companheiro Willian Bigode no caso de criptomoedas. O jogador do Galo sofreu golpe e teria perdido cerca de R$ 6 milhões por investimentos em criptomoedas feito pela empresa que tem o atacante do Santos como sócio.
Em entrevista exclusiva ao programa Bastidores, da Itatiaia, Scarpa revelou o andamento do processo contra o ex-companheiro. Ele disse ainda que não conversou mais com Willian Bigode desde que acionou a Justiça.
“Depois que eu acertei a minha volta, eu olhei com bons olhos. ‘Pelo menos, vou poder acompanhar de perto’. Não teve nenhum contato, desde que avisei que entraria com um processo, ele parou de me responder”, disse Scarpa.
“Tive várias decisões favoráveis no processo, mas faltam alguns passos burocráticos, que levam certo tempo. O andamento do processo até o momento está muito bom, favorável. Não é para menos, não tem como não ser favorável”, completou.
Scarpa revelou que processou Willian, a empresa de gestão financeira WLJC, que pertence ao atacante, e a empresa de criptomoedas Xland Holding Ltda. Ele está confiante em receber todo o valor investido de volta.
“O processo é contra todo mundo. Contra o Willian, a empresa do Willian, a empresa de criptomoeda. Contra todos eles. Acredito que serei ressarcido de toda a grana que perdi, nada mais que justo. Estamos ai aguardando e em cima do advogado para acelerar o máximo possível”, concluiu.
Relembre o caso
Os jogadores Gustavo Scarpa e Mayke entraram na Justiça após perderem cerca de R$ 10,3 milhões em investimentos em criptomoedas, indicado pela empresa de gestão financeira WLJC, que tem o atacante Willian Bigode, do Santos e na época do Palmeiras, como um dos sócios. Os três jogaram juntos no Palmeiras entre 2018 e 2021. O investimento foi feito para a empresa Xland Holding Ltda, por intermédio da Soluções Tecnologia Eireli. Era prometido um retorno de 3,5% a 5% ao mês.
Scarpa, atualmente no Atlético, investiu R$ 6,3 milhões na empresa do amigo. Como não obtinha retorno e resultados, o meio-campista solicitou a rescisão contratual com a Xland Holding Ltda. Nessa época, Scarpa foi informado de que teria o dinheiro de volta num prazo de 30 dias úteis e que o pagamento do valor investido seria reembolsado. Nada disso, no entanto, ocorreu. Um novo prazo foi estipulado, mas novamente o dinheiro não foi devolvido ao jogador.
O lateral-direito Mayke, que ainda joga no Palmeiras, viveu situação parecida. O atleta fez um investimento de R$ 4 milhões na Xland Holding. Pelo mesmo motivo, ele também solicitou o resgate da rentabilidade em outubro do ano passado, quando a empresa de Willian Bigode se comprometeu a realizar o pagamento em até dez dias úteis. O valor não foi devolvido até hoje.
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